Vá, vá, vá!

Temos que (tentar), ver tudo pelo lado positivo.

Os transportes vão aumentar uma média de 15% a 25% (quando li a notícia, na minha ingenuidade, pensei que fossem aumentar os lugares dos autocarros ou coisa que o valha). Quando me caiu a ficha é que pensei: "Uma roubalheira!" Sim, um valente assalto aos nossos bolsos! Claro que sim!! Por ventura não me consta que temos subidas de ordenados (salvo os gestores públicos que continuam a ganhar mais que o Presidente da República), assim sem mais nem menos. Porém, quando há é assim tudo a conta gotas. Dão-nos 25€, descontam 20€ e quando por milagre apregoam que os ordenados vão aumentar, por exemplo, 1,5% ficamos todos contentes! Mas quando descobrimos que a taxa de inflação é sempre superior a isso ficamos outra vez na fossa porque o aumento que nos deram não serve para nada!! Mas... mas eu tento ver tudo sempre pelos dois lados e de como posso tirar partido das situações! Mesmo que o cenário seja negro, assustador, quiçá uma tragédia grega, mas não baixar os braços e muito menos ficar a lamentar-me. Ao contrário é que é de temer.

Os preços dos transportes aumentaram não foi? Assim como, logo, logo a gasolina, gasóleo e afins, não tardarão a dar o ar da sua graça com um novo e redondo aumento, certo? Que voltarão a fazer aumentar os transportes! Sem stress. Assim sendo, nada como voltar aos tempos da tranquilidade. Sim, andar mais a pé. Andar de bicicleta.

Agora pensam: "Pronto, a Essência endoidou de vez!!" (Risos)

E eu respondo: Não, não e não! Então, o sistema está um caos! Não dão condições às pessoas! Tudo ao nosso redor sobe, menos o ordenado para estarmos em pé de igualdade e fazer face aos contratempos. Posto tudo isto há que contornar com mestria. Atrevo-me (não me batam, por favor!), de incluir o humor porque para o sério e grave já nos basta o que temos em mãos. (Continuando a saga): Não temos dinheiro para pagar os transportes nem para andar de carro para nos movermos de um lado para o outro. Sim meus caros, hoje em dia não é um luxo. (Principalmente para quem tenha filhos ou viva longe de seus empregos)
Ora, quando tivermos que ir trabalhar e formos a pé ou de bicicleta (os que puderem comprar ou tiverem), e chegarem MUITO depois da hora, suados, descabelados e tudo mais, a picarem o ponto e dizerem "Olá boa tarde e até amanhã!" pode ser que as entidades patronais assim como o estado, (depois de começarem a sentir na pele os danos colaterais dos seus actos), abram a pestana e pensem no que andam efectivamente a fazer. É que de certa forma é um protesto que se faz, mas mais inteligente, digo eu!

Custa, claro que sim! Mas quem disse que seria fácil?