segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mudar de família assim, como quem dá aquela palha


- "Desde que estou com a sicrana, passamos mais tempo na casa da família dela. Agora a família dela, é a minha."

Bom, quando estamos com alguém, é preciso abdicar do que é nosso em prol do outro? Será que reside aí a prova de amor?! Porquê escolhas? Porquê só conviver com uma das família? E, repartir o mal-pelas-aldeias, não? Não acaba por ser mais justo para ambos?

Humm... agora, generalizando, por conversas alheias, conversas próximas, de facto é mais usual, ver, ou ouvir falar que o homem cede  mais nesse prisma. É essa a constatação efectiva. No entanto, algum fenómeno?! Ou é porque num modo geral, os homens, não ligam muito a estas coisas, das visitas, o convívio familiar com almoços, jantares. Sem esquecer, os laços afectivos e afins? Prefiro pensar que às tantas, pronto, são eles, que são mais práticos, e não são tão lamechas, com estes e outros  "pequenos" apontamentos. Até porque, às tantas, até se apercebem que "ganham" mais uns pontos, facilitando nesse campo. (Estou a pôr pimenta na coisa, vá)
No entanto, por experiência própria, sempre estive inserida nas duas famílias. Afinal, ambas são importantes para ambos. São a nossa fonte de alimentação. São também o nosso porto-seguro. (Ou deveria)
Contudo, tirando um apontamento, ou outro, sempe as coisas funcionaram normalmente. Até porque, nada como bom-senso e diálogo, para se chegar a bom-porto.
Porém, também conheço um caso de perto, que ele (sim ele, o que iniciou o post), simplesmente abdicou da família dele, para estar somente com a família dela. Se é uma opção vinda dele, ou influência dela... pois, isso até agora, não consegui perceber, mas que de facto, ele está de corpo e alma para com os dela, ah isso é um facto! Tanto assim, que até já trata a sogra por mãe! (Outra questão pertinente. Nunca consegui tratar os pais dele por pai e mãe. Afinal, pais eu tenho, e mesmo que tivessem morrido, (o que não é o caso, graças a Deus), não chamava tal coisa. Afinal, ninguém é substituível)
Voltando ao cerne do post, sendo ou não sendo bastante frequente, por esses casais a fora, tal situação castiça, de se estar somente num dos lados (família), o que é certo, é que as estatísticas, não enganam! Pelo menos, as estatísticas do disse-que-me-disse.

Ele há com cada um, livra...!

25 comentários:

  1. Eu também não concordo... pode-se criar mais afinidade com uma das famílias, mas não se troca a 100% porra ! Eu bem digo, o mundo anda doidinho !!

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  2. Penso que deve haver um equilíbrio (tirando certas excepções em que a família dele ou dela não se dá bem com a pessoa em questão) e dividirem-se pelas duas.
    Quando os meus pais eram vivos, era o que fazíamos. Agora, é óbvio que passo mais tempo com a família do meu marido.
    Boa semana!

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  3. Essência, acho que depende muito da forma como cada família recebe e trata a pessoa que "chega" de novo, o meu "diz-que-me-disse" é que as mães dos rapazes/homens são muito mais ciumentas e possessivas com os seus meninos do que as mães das raparigas/mulheres que costumam ser muito mais permissivas. Talvez por esta questão, no meu caso, ser tão marcante e traumática, devo confessar, que apenas convivo o estritamente necessário com a familia do Txugo, é certo que convivemos mais com minha mas nunca foi uma imposição, aliás, eu trato por mano o meu cunhado, adoro-o como um irmão mais novo e sei que também ele nos adora, agora a mãe deles (o pai já faleceu) é a pessoazinha mais complicada que já tive o (des)prazer de conhecer. O que acho mal é haver mesmo cortes de relações, o deixar de falar e estar, apesar de todos os problemas e desacordos, a família não se escolhe, eu já podia (e tenho imensos motivos para isso) ter deixado de falar à minha sogra mas por todo o respeito que tenho ao Txugo, mantenho uma relação de cordialidade com ela...é assim a vida!
    Beijocas nossas ;)

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  4. Tudo tem um meio termo, aqui é igual...

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  5. Eu concordo contigo num ponto, chamar de mãe ou pai os sogros não acho bem, não gosto e não chamo e não cmpreendo o porquê disso!
    de resto é verdade temos que ceder um pouco de ambos os lados e parece-me que as coisas se assim for corre sempre bem!
    ainda ontem passei o dia na sogra!!!
    :)

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  6. tudo tem um meio termo essência mas eu dispenso bem o meu "meio, se é que me faço entender!
    não impinjo ao meu marido estarmos tempos infinitos com os meus pais...
    bj

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  7. A questão que a Karochinha levanta é pertinente. Tem, de facto, muito a ver com a forma como somos recebidos. Se me perguntares a minha opinião sobre a postura ideal, obviamente que direi que uma relação não pressupõe a anulação de uma das partes e tal inclui a família. Mas, na verdade, existem situações bem complicadas. Eu passei por algumas no início do meu casamento a ponto das famílias de ambas as partes terem cortado relações.

    Face a isso decidi que a minha família é o meu marido e as minhas filhas. Ponto. As festas, comemorações e afins passei a fazer sempre em minha casa. Quem quisesse vinha, quem não quisesse não vinha.

    Entretanto perdi os meus pais e o meu sogro. Curiosamente está viva a pessoa que mais contribuiu para o mal estar entre as duas famílias. A minha sogra fez-me passar maus bocados no início. Mas facilmente entendeu que não ia longe se não mudasse de atitude.

    Mas mesmo nas piores alturas nunca impedi (era só o que faltava) o meu marido de conviver com a mãe.

    Beijo

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  8. Eu concordo meio termo é o ideal, e concordo no contigo quando quando dizes que pais são os nossos era incapaz de o fazer, dou-me muito bem com a minha sogra mas mãe felizmente só tenho a minha...

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  9. Eu acho que eles são muito comodistas, por isso acontece muito que descreveste. Bj**

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  10. Há sempre um dos elementos do casal que cede mais, por outro lado o facto de frequentarem mais um dos lados da família deve-se a muitos factores, proximidade, feitios, ou simplesmente o facto de alguém estar mais ligado à família que o outro. Creio que é tudo uma questão de bom senso, e quem diz família, diz amigos!

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  11. olá. Falas da família do teu marido, certo? é assim: quanto a família e amigos, é o meu Pai que não gosta de sair para lado nenhum. O meu tio ( irmão do meu Pai ) que vive na Torre da marinha, bem alicia os meus Pais para irem ao Seixal mas o meu Pai nunca quer ir para lado nenhum. A minha Mãe é que gosta de sair, mantém a amizade ( boa amizade, como irmãos ) com um casal, em que ele era amigo de solteiro do meu Pai e com uma amiga da família paterna . Mas o meu Pai age assim com a familia dele e com a familia da minha mãe ( ou seja, recusa-se a sair, não quer ir a lado nenhum ). Antigamente, tratavam-se os sogros por mãe e pai. Era um costume. O meu Pai só se sentia bem no Marco de Canaveses, mas desde que os meus avós morreram que não vamos lá tantas vezes, a não ser no natal, aniversários e o ponto de encontro com a minha familia materna é na figueira da foz ( uma vez que a minha mãe e o meu tio têm lá apartamento ) . No Marco, o meu pai passeava mais. Ia com o meu falecido avõ ( avõ materno ) passear para o meio do monte, para umas aldeias, dado que o meu avô foi caçador até aos 84, 85 anos e adorava passear de carro, e ver aquelas terras á volta do Marco. Uma coisa, é verdade, os homens gostam mais de casa, do que as mulheres. A mulher sente mais a necessidade de conviver, de sair, de espairecer. beijos e uma boa semana. obrigado pelas melhoras.

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  12. Família é quem nos acolhe... quando muitas das vezes é a própria família de sangue que nos abandona, nos vira as costas!

    Em todo o caso, chamar a alguém um grau parentesco que não o é, só não me faz sentido se não vier do fundo do coração e não for sentido por ambas as partes.
    Assim, como acho que não se deve chamar esses nomes tão únicos (pai. mãe, avô, avó), só porque se sente afinidade!


    beijo
    Sutra

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  13. Sem comentários. Sou pela divisão(partilha) , caso as famílias se entendam.
    Chamar de mãe à sogra e pai ao sogo, aí não concordo também. Cada macaco no seu galho.


    :)

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  14. Eu é mais línguas de sogra.

    Então é assim:

    1 kg de farinha de trigo;
    1/2 kg de açúcar;
    Coco ralado q.b.;
    5 ovos;
    2 colherinhas de bicarbonato;
    2 gemas;
    1 pires (chá) de manteiga ou banha.

    Preparação:
    1.Misture e amasse bem os ingredientes.
    2.Unte levemente uma fôrma.
    3.Com uma colher, "pingue" os biscoitos em formato comprido, na fôrma.
    4.Depois, deixe-os "descansar" alguns minutos.
    5.Coloque a fôrma no forno quente, pré-aquecido, deixe cozinhar até ficarem douradinhos.

    ... et voilá.

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  15. em tudo na vida há que haver um equilíbrio.Nem tanto ao mar nem tanto À serra
    kis :=)

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  16. Estou com o Sutra. Depende muito da família de sangue que se tem... Mas também não era capaz de chamar mãe a outra!
    Bjs

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  17. Confesso que me mete alguma confusão quando as pessoas trocam de companheiro trocarem também de família e amigos. É possível uma pessoa continuar a relacionar-se com a família do ex porque entretanto se desenvolveram laços de amizade. O facto de se ficar dependente dos amigos e da família do outro deixa as pessoas mais dependentes. E se alguma coisa corre mal?

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  18. Mãe a outra, no way! Mas no meu caso, o meu namorido passa mais tempo com a minha familia - 1º pq não se dá assim tão bem com a mãe dele e depois pq a minha familia sabe receber e a dele nem por isso...

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  19. É mesmo muito difícil equilibrar a frequência nas duas famílias, em geral uma fica adiante da outra a receber os dois ou as duas. E na maioria das vezes é a da mulher cono dissestes.

    Te indiquei em meu blog hoje, mas se não quiser contar suas manias e pagar o micão que eu paguei, fique à vontade, te-la em meu post já me satisfaz suficientemente.

    Beijos Essência

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  20. Acho que essas situações acabam por ser um pouco tristes...

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  21. Palavra,

    Sim, podemos gostar, conviver sem optar por um dos dois. ;)

    Paula,

    Entendo. :D

    Boa semana também para ti.

    Karochinha,

    Bem, que históra a tua... obrigada pela partilha e, boa sorte daqui para a frente. ;)

    Nokas,

    Obviamente! :D

    estrela,

    E fizeste tu muito bem! :)

    menina,

    Eisos... entendo pois! ;)

    NI,

    E escreve as palavras sábias de quem já viveu muito... obrigada NI. ;)

    aprender,

    Sim, é isso! :D

    Tanita,

    Sim, roça por aí, também acho. ;)

    Enfant,

    Sim, entendo e concordo com a tua perspectiva. No entanto, amigos se escolhe, já família... ;)

    Nuno,

    Obrigada por partilhares a tua história. ;)

    Sutra,

    Quanto ao teu primeiro parágrafo, não podia estar mais de acordo!

    Quanto ao segundo, noto nas tuas palavras que é usual em ti, não? :)

    desejo,

    Bom remate! :D

    Yellow,

    Delicioso o teu comentário! Muito me ri e, digo-te mais! Irei fazer a receita. (Risos)

    Avogi,

    Claro que sim! :D

    Mag,

    Entendo. ;)

    Pedras,

    Correr mal em que sentido (na tua perspectiva)?

    Lisboa,

    É triste quando isso acontece. Enfim.

    Bem-vinda novamente ao Roupa Prática. :)

    Van,

    A mulher é a cabeça do casal, sem dúvida! Ou pelo menos, assim nos deixam pensar. (Risos)

    Obrigada pela citação. Irei lá ver. :D

    Kiss, kiss

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  22. Este comentário foi removido pelo autor.

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  23. Não... de todo! Não é um comentário autobiográfico!! ;)

    beijo
    Sutra

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  24. No meu caso, nunca exigi e nem impus a presença do meu pai ao G., porque sabia o feitio difícil que o meu pai tinha e para não haver querelas, optei por nunca impor a presença do meu pai. Do lado do G. já não posso dizer o mesmo... enquanto o meu nunca dormiu uma noite em minha casa, a minha sogra fê-lo mais que muitas vezes, mesmo que eu estivesse contrariada com a sua presença. Atenção, gosto muito da senhora, mas gosto muito mais ainda da minha privacidade. Acho que nestas coisas de família, tem que haver uma dose bem medida de bom-senso e cedência mútua. No meu caso, se tenho que culpar alguém por algum desequilíbrio, sou eu! Porque nunca quis impor...

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