"Eu, rodeado de silêncio, disse-lhe que não havia palavras que me pertencessem. Perguntou-me o que é que eu escrevia. Respondi-lhe que me escrevia a mim. Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridículas: amor, esperança, estrelas, e nas palavras mais belas: claridade, pureza, céu. Transformo-me todo em palavras. Ele olhou-me, e tudo isto ele sabia antes de me ter perguntado."
- José Luís Peixoto, "Uma casa na escuridão"
Adoro.
ResponderEliminarBom fim de semana :)
Tenho que ler este! Obrigada :)
ResponderEliminarUm bom escritor.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Adorei este excerto!!
ResponderEliminarVou roubar.
Adorei!
ResponderEliminarTenho mesmo de ler!
:-))
Adorei!
ResponderEliminarTenho mesmo de ler!
:-))
Antes de tudo, parabéns pela escolha do autor.
ResponderEliminarQuem escreve e dá a conhecer, perde a posse do que escreve para quem o lê. É assim com as palavras... E nós? Depois de ver a luz do dia, a quem pertencemos? Como somos? Como nos escrevemos ou como nos lêem?
Com um ramo de :-)
Agora compreendo porque certas revistas vendem (assustadoramente muito) mais que muitos livros. Eu mesmo também gosto de ler certas fofocas e certos temas (às vezes, até ditos de "tabus").
ResponderEliminarA tua oferta de temas/assuntos é riquissíma.
Lamento a falta de comentários num post onde colocas um dos mais belos textos que já li (cada um com o seu estilo mas J. L. Peixoto começa a aproximar-se do ALA).
"...rodeado de silêncio... Escrevo-me". E na escuridão do silêncio ficou porque ninguém o leu.