Um tema que mais parece um polvo

Quando escrevi (este), post, realcei que era um tema com as mais variantes vertentes. Por exemplo, a do link, é quando a mulher tem queda por homens casados. Agora, chegou a vez de abordar o tema dos homens que traem as suas mulheres com prostitutas.

Ora bem, começo por relatar uma situação que tive aqui no meu prédio (mais propriamente no meu patamar, para mal dos meus pecados), meses e meses a fio. Pois é um relato que vai dar exactamente onde quero chegar com este post.

Um certo dia, achei estranho ter o hall de entrada do prédio, assim como o elevador e o hall do patamar a cheirar a tabaco... 

Depois, comecei a achar muito estranho, quando encontrava-me durante o dia em casa, nas mais variantes horas, e sentia uma agitação, um corropio fora do normal com os elevadores, a porta a abrir e a fechar da casa da frente (não fosse esta construção "transparente"). Visto que é um autêntico dormitório. É óbvio que comecei a ficar bastante intrigada. Mais fiquei quando a rádio-prédio veio ter comigo e pergunta-me se sabia o que estava a acontecer (visto ser a porta da frente)?

Admirada (apesar das suspeitas), disse-lhe que não sabia de nada. Ora que sem grande esforço relata-me uma série de acontecimentos que tinha se dado conta. Fiquei estupefacta!
Pois desde a conversa a ser eu a ver situações estranhas, foram um pulo também. 

Homens de todo o tipo. Desde miúdos novos, meia-idade, velhos. Engravatados, sujos, maltrapilhas... enfim, uma vasta escolha de "modelos" e "feitios"... 

Uns ostentavam aliança na mão esquerda, outros na direita. Outros tantos nada. Cruzei-me algumas vezes com muitos deles na entrada do prédio, no elevador ou mesmo no patamar. Assim que viam que estavam acompanhados com outras pessoas do prédio (eu neste caso), ficavam encavacados, mas também não deixavam de ir onde se tinham proposto. 

Tive algumas situações onde tocaram-me à minha porta enganando-se, pensando tratar-se da porta das meninas para onde iam. Chato. Extremamente chato. Cheguei inclusive a chatear-me quando me vinham incomodar. Sim, com os tais clientes. Porque elas (sim, eram duas. Vim a vê-las muito tempo depois), não punham o nariz fora da porta. E o que mais me irritava é que não se podia dizer que elas eram meninas de programa sem provas. Apesar de haver tal corropio, elas podiam sempre alegar que eram um amigo, parente e o diabo à quatro. Só apanhadas em flagrante, mas como? Foram tempos complicados, no sentido de nos darmos conta que qualquer tipo de pessoa entrava no prédio, a qualquer hora. Muitas vezes começavam a dar-lhe gás às oito da matina. Pois o elevador e a porta a abrir e fechar lá davam o sinal.

Porém vá, graças a Deus, conseguiram desmantelar a quadrilha, e elas já foram dar o ar das suas senisgas, noutro prédio. Tardou mas foi! E pelo que os agentes disseram, há mais situações destas em prédios habitacionais do que se pensa. É que elas optam por estes (prédios dormitórios), para dar menos nas vistas. Só que é uma chatice. Pois que ninguém tem nada que ver com quem se mete dentro de casa e afins, mas por todos os problemas inerentes que ficam patentes, não preciso argumentar mais.

Contudo, já naquela altura questionava, mas agora enquanto escrevo o post e as imagens vêem-me à mente, pergunto-me, "como é possível, um homem, às oito da manhã, deixar a sua mulher em casa e vir às putas?" - Elas, eram uns autênticos abrunhos, fosga-se...! Alguns fulanos que lá iam, tinham pinta até, outros tantos não. Mas muitos, penso que não tinham necessidade de recorrer a este tipo de mulheres/serviços. Sinceramente, não sei o que vai na mente destes homens, que pagam para ter sexo. Deixam as mulheres em casa, ou vão trabalhar, e no meio do percurso lá se lembram de dar uma queca, e vêem recorrer às ditas. Depois, ao final do dia, vão para casa como se nada fosse. Impressionante, confesso, aperceber-me da quantidade de clientes que elas tinham. O tempo que elas levavam com eles. Não mais do que um quarto de hora. O entra e sai estonteante. O vasto tipo de homens que lá iam. Enfim, em suma, concluo que a mente de um homem, é um autêntico labirinto. Porque os avulsos, vá, ainda se dá de barato que procurem este tipo de serviço. Agora, os casados, os que têm namoradas, qual a necessidade? A senisga é diferente? Essas prestadoras de serviços sexuais, fazem o que as companheiras não fazem? Ou é um mero fetiche estar com uma prostituta, para pôr em prática os devaneios mais insanos e íntimos que nem às paredes confessam (somente a elas durante o acto)? É que por mais voltas que dê nesta questão, não encontro uma explicação plausível.

Passo-vos a bola.