Eu devo ser muito perfeccionista, exigente para comigo e principalmente para com os outros. Para ser só eu a ver que não se pode andar para a frente sem antes resolver o que ficou para trás! Isto é matemático!
Devo acreditar que não esteja a conseguir verbalizar da melhor forma o que efectivamente pretendo. O que na minha óptica, não está a correr bem. Contudo, parece que falo chinês, alemão, grego talvez.Tudo menos português! É incrível, como é possível as palavras não irem ao encontro das acções. Este acto deixa-me perplexa, porque só prova que há instabilidade, incertezas. Ou mais grave ainda, brincar ao gato e ao rato, surreal!
Não devo-não-consigo-não-quero-agir como se nada fosse! Pior, como se estivesse tudo bem. Como se nada tivesse acontecido. Quando penso em tudo só me vem a palavra desconcertante!
Não consigo ocultar o que sinto-penso-quero! A minha transparência não permite. Por vezes ganhava mais, no sentido de não dar importância ao que não deve/deveria de ter. Porque se os outros agem assim, é porque para eles não tem a importância que no meu ponto de vista tem que ser levada em conta. Logo aí, estamos em desigualdade, ou não estamos em sintonia. Se calhar a charada está ai.
Definitivamente, não faz parte de mim! Não é essa a minha postura para lidar com as situações na minha vida! Com as pessoas que me rodeiam. Por mais abstracto-surreal-absurdo que possa parecer, quando mais fácil seria o deixar andar, o pôr para trás das costas para não nos aborrecermos. O viver da ilusão, porque é tão mais cómodo. É assim que agem. Estou cansada desta ladainha, deste reme-reme. Cansada desta estagnação.
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