Hoje ao ver o telejornal, fiquei perplexa com uma notícia e satisfeita com outra. Então vamos por partes. Primeiro a má e depois finalizo com a boa.
A má, é que de facto, não gostei nada, nada de ouvir e ver a actriz brasileira Maité Proença a ridicularizar o nosso país e a nossa gente. Uma coisa somos nós portugueses a criticar o que é nosso o que faz parte de nós, vivemos na pele os problemas do nosso país, outra, bem diferente, são outros de outra nacionalidade a fazerem o mesmo.
Um exemplo muito curriqueiro:
Quando estamos zangados com alguma situação que não nos agradou de alguém querido, por vezes saem-nos alguns desabafos menos agradáveis, outra é quem nos está a ouvir tecer também algum comentário, aí o caso muda de figura. O nosso pensamento é do género: é pá espera lá, uma coisa sou eu a falar do namorado, marido, filho, periquito outra és tu!!! Já não nos soa tão bem. Mesmo que seja a mãe, irmã, amiga e até esteja a falar com as melhores das intenções.
Não quero dizer com isto que todas as pessoas não têm esse direito, de expressar as suas opiniões. Claro que sim! Mas desde que sejam verdadeiros com os seus princípios e postura. Se forem comentários construtivos então, excelente! Não é irem ao sabor do vento. Quando aqui estão em solo português e querem tirar partido de nós (povo) e país, do género, promoverem uma peça de teatro, uma novela, lançamento de um livro, que foi o caso recente dessa senhora, falam bem e mostram ser quem na verdade não são e muito menos o que pensam efectivamente do nosso povo e país. Quando estão junto dos seus e no seu país, e como já não precisam fazer show-off, ai mostram quem verdadeiramente são! Que mais uma vez foi o caso dessa senhora. Mostrou cinismo, arrogância e hipocrisia. Não nos podemos esquecer que essa senhora por acaso até vive num país cheio de problemas culturais e sociais, nomeadamente a pobreza, corrupção e afins...
No meio da peça que vi no noticiário o que me escandalizou mais foi a forma debochada (termo brasileiro) como essa senhora se dirigiu a nós, país que sempre a recebeu e sempre respeitou o seu trabalho. Claro por mérito próprio, mas também por uma troca mútua de posturas que ao final das contas do outro lado não é assim tão verdadeiro. Acho piada por vezes muitos brasileiros se dirigem a nós como país irmão. Aqui vê-se bem essa afinidade.
Segundo a informação das notícias, a dita senhora um dia depois de sair a bomba para os órgãos de comunicação social, além de fazer um comunicado através do programa (Saia Justa) onde participa e que tivemos a oportunidade de a ouvir a pedir desculpas a quem se tinha ofendido (só rir com uma frase destas) também deixa no seu blogue uma justificação que a nada convenceu por quem lá passa, e não só! A todos os que se sentiram revoltados com a tal notícia. Por isso mesmo foi bombardeada por manifestações menos simpáticas das quais horas depois tratou de as retirar aos olhos de quem fosse à página.
Minha senhora, as desculpas não se pedem, evitam-se!
A noticia boa no meio da má, já vão perceber porque faço a introdução desta maneira...
No noticiário de hoje também fizeram uma compilação das catástrofes deste ano, nomeadamente terramotos, tornados e cheias, onde morreram mais de 600.000 pessoas por todo o mundo, e outras tantas ficaram desalojadas, feridas, desamparadas. Um cenário nada, nada bonito infelizmente. Esta informação veio no seguimento do tempo que se tem feito e que nada é apropriado para esta altura do ano.
O que me deixou feliz, foi que passaram uma peça onde apesar da mensagem de desgraça (infelizmente no que toca a catástrofes naturais nos transcende e por consequência nos tornamos reféns desse fenómeno) também havia a de esperança e generosidade das pessoas espalhadas por este Portugal a fora. A notícia foi de um tornado que houve aqui em Portugal (surreal) onde umas senhoras já reformadas, mãe e filha, que ficaram com a sua casa destruída e se viram de uma hora para a outra sem nada. A população da terra se juntou toda e construiriam a casa compraram as coisas que ficaram destruídas O testemunho das senhoras foi comovente, porque não tinham palavras para agradecer as pessoas conhecidas e não só, que as ajudaram.
Às tantas, ao ver e a ouvir as senhoras e o pivô a falar pensei: bolas, falam tanto que somos um país, um povo frio, mal humorado, de mal com a vida, mas o que é certo, é que nestas acções humanitárias, estamos lá para ajudar! Mesmo quando todos nós sabemos que estamos a passar por uma crise financeira nunca antes vista. Mesmo assim, com o pouco que nos resta, ainda temos a vontade de ajudar quem mais precisa, mesmo que com as coisas básicas.
É tão bom ver esta generosidade dos nossos. Vendo estas coisas ainda pode haver esperança de um amanhã melhor, um país melhor. Sinto orgulho em ser portuguesa, sim.
Assertiva, inteligente como sempre!
ResponderEliminarBom raciocínio... Excelente!
Anónimo
Isso è verdade nos que somos portugueses,e que temos o direito de espressar.
ResponderEliminarNâo os outros por exemplo brasileiros.e outras naciolalidades.
beijos claudia botelho
O podem e devem se lhes der na real gana, somos lives e temos liberdade de expressão de o fazer, desde que seja uma opinião construtiva! Não de humilhar e etc..
ResponderEliminar:D