quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Das vergonhas alheias e pelos vistos, não só...


- "[...] Não digo que ela tem piolhos. Há muito preconceito."

Palavras (sussuros, quase) de uma mãe depois de ouvir a auxiliar pedir aos pais que se encontravam no portão à espera dos seus filhos que vissem as cabeças dos mesmos. Porque, ao final da terceira semana de aulas, já andam visitantes (pelos vistos) a fazer companhia aos pequenos.

Concordo (infelizmente) que haja preconceito, estúpido, mas há. No entanto, não concordo no silêncio, na reacção "mete nojo" de como se o assunto fosse do outro mundo só porque se tem receio do que os outros vão pensar ou dizer. Não digo com isto que as pessoas têm que andar a bradar aos quatro ventos que haja "habitantes" na cabeça dos seus ou em si próprio. Mas, também não tem que se fazer um bicho de sete cabeças quando têm em mãos o tema.  É algo que existe e, quando devidamente detectado e tratado qual o drama? Quem nunca teve piolhos em criança? Por acaso não tive (mas podia ter tido). Ainda me lembro a minha mãe dizer na brincadeira "deves ser ruim como as cobras que nem eles se chegam". Mas também se tivesse, coitada de mim, coitada da minha mãe para os tirar... Mas no entanto, a minha Zunfinha já teve. E não foi de todo por falta de higiene ou a devida prevenção. Há pessoas que têm mais propensão para isso. Em suma, penso que é um mal que existe nas escolas, infantários e todo o tipo de sítios onde exista uma maior aglomeração de pessoas, neste caso de crianças. Óbvio que sem higiene, cuidado e prevenção, a coisa se propaga mais. Agora, tudo quando é tratado de forma natural a algo que sempre existiu, não dá aso para o disse-que-me-disse desnecessário. Eu sei que por vezes nem se precisa de nada para se falar, eu sei. Mas, também sei, que é através das nossas reacções que recebemos o feedback de terceiros. Com isto, se falassem menos e agissem mais, talvez os resultados ao longo do ano lectivo (e não só), seriam diferentes.

9 comentários:

  1. Olá. Eu também não tive piolhos, mas na escola, bradavam aos 4 ventos e a dizerem que circulavam por lá piolhos. Quanto aos piolhos, é fazer tratamento com shampoo adequado para isso. beijos nortenhos.

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  2. Olha, eu tive piolhos em criança e não foi por falta de higiene. E acho que nesses caso deveriam informar os pais em vez de estarem com conversas pois quanto mais rápido for descoberto e tratado melhor.

    bjs

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  3. eu ganhei, e na altura não foi fácil, cortaram-me o cabelo, usei montes de shampos.. mas claro que tem tratamento, a culpa era de uns meninos que não tinham higiene nenhuma.. não é drama nenhum!

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  4. Quando andava na primária tive passados que foram por outros miúdos. Mas curiosamente, durante os anos 90 praticamente deixou-se de ouvir falar de piolhos e até o mítico reclame ao "Quitoso" desapareceu do horário nobre da TV. Por muito que se queira dizer que é normal as crianças terem piolhos, tal não deixa sempre de ser um indicativo de que parte da sociedade vive na pobreza, porque piolhos, é e sempre será, sinónimo disso mesmo.

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  5. Às vezes pegam por coisinhas, que enfim... então acho que acaba por ser natural...eu também os tive! Quem não teve ?
    Enfim...

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  6. Eu tive em crianca. Mas, também apanhei um susto aos 15 anos, quando uma amiga veio passar uns dias à minha casa, depois de umas férias nos cús de Judas. Ao fazer-lhe uma tranca dei conta e chamei a minha mae. Foi aplicado um tratamenteo de choque à minha amiga e um de prevencao a mim, já que a minha mae nao detectou nada mas, por via das dúvidas, antes garantir.
    É claro que nao é muito agradável, mas há infeccoes bem mais nojentas... digo eu. :)

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  7. apenas umas palavras, Maria e Palavra,

    O que se impõe não é a informação que é divulgada, não. Mas antes como se lida com a mesma. ;)

    ana,

    É uma consequência. ;)

    Enfant,

    Agora fizeste-me rir! Se os piolhos escolhessem as cabeças para onde se alojar, era tudo mais fácil. ;)

    Penso que não passe tanto pelas classes sociais - grande maioria -, mas antes pelos cuidados, atenção que se tem ao assunto. Pois assim como há toxicodependência em ambos os "mundos", "prostituição", violência doméstica e outros afins, em ambos os "mundos" - estou a ser pragmática, eu sei, mas é para me fazer entender -, os piolhos, não são excepção. ;)

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  8. As pessoas continuam a preocupar-se demasiado com o que as outras pensam delas.

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  9. Pusinko,

    E muito inteligentemente agiste bem, juntamente com a tua mãe. ;)

    Claro que há apontamentos mais nojentos. Ou melhor, mediante a perspectiva de cada um. ;)

    Vera,

    Penso eu que, sempre foi e sempre será assim (infelizmente). ;)

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