quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Memória de peixe, será?!


Ouvi algures por aí, uns certos e determinados zuns-zuns de que, o Durão Barroso e o António Guterres podem voltar ao governo - sim, ainda estou em estado de choque -.
Quando penso que já vi e ouvi de tudo, vem sempre uma alminha dar-me umas palmadinhas nas costas e avivar-me a memória «conversa... Essência, até ires desta para melhor, muitas mais vezes irás te surpreender com as atitudes dos demais... oh, oh!»
Posto isto, concluo que ainda muita água vai rolar debaixo da ponte. Só tenho pena que as pessoas tenham memória de peixe. É que se trata de situações graves, gravíssimas que afectaram o país. Eles, eles tiveram a sua cota culpa. Obviamente que o rol de culpados é extensa, mas, errar uma vez - pela primeira vez que os elegem -, é uma coisa. Agora, errar duas, é qualquer coisa de inqualificável que nem encontro um adjectivo digno que faça jus ao nome que eles efectivamente merecem. Sem escrever que quando oiço patacoadas destas,  o sentimento de revolta apodera-se de mim. No sentido de perceber que as pessoas podem fazer as maiores barbaridades que lhes dá na real gana, mexer com uma sociedade em peso, mexer no sentido de manipular as suas vidas, e depois, simplesmente quando a bomba rebenta, podem sair de mansinho, e ir para outro tacho qualquer que nada lhes acontece. As responsabilidades pelos seus actos, os seus desmandos não são pedidas. Eles não têm que responder por nada. É qualquer coisa de total absurdo. Caramba, sempre aprendi desde cedo que «temos que arcar com os nossos actos». Com estes senhores, assim como com todos os outros que passaram pelo governo, e que empurraram a bola que se foi formando, gigantesca, para que ela desliza-se mais rápido para o precipício, pelos visto, nada lhes acontece. E nada lhes vai acontecer. E com isto, é a sociedade que têm agora que tirar a bola de lá, do precipício. É justo? Claro que não. Mas também, nunca ninguém disse que o mundo são dos justos, pois não? Pelo menos, não são eles - os justos -, que sobressaem.

O que já ouvi - vezes demais até -, é que o mundo é dos espertos. No entanto, parece-me que, o conceito entre o esperto e o inteligente é de uma diferença abismal. Talvez por isso que o mundo está como está. Porque há mais espertos do que inteligentes.

8 comentários:

  1. Na política não há memória. E, facto, o mundo é dos espertos.

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  2. É bem possível, afinal de contas, vivemos num país de gente burra, que vota pelo coração e não pela razão! Aposto que se alguns jogadores de futebol ou treinadores se candidatassem ganhavam logo, mesmo que mal soubessem a tabuada!

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  3. Quando ouvi fiquei incrédula com a perspectiva desses dois entrarem novamente na Politica, e como dizes e bem o Povinho tem memoria muita curta, basta ver quando o Nosso Querido Cavaco era Primeiro Ministro as cenas que houve em relação a cortes e o pior a manifestação da Ponte 25 de Abril saiu de fininho e entrou novamente em grande!!!!

    O nosso País é Governado pelos maiores burlões que há e infelizmente o Povinho vai continuar a por os ditos cujos no Poleiro ... PACIÊNCIA ACREDITA

    Beijocas

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  4. À memória curta e à prevalência da esperteza sobre a inteligência, acrescenta a falta de maturidade democrática.

    Beijo

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  5. De facto é um mundo de espertos este. De espertos e esquecidos. Esses Senhores e outros tantos que não fizeram mais do que afundar o país e cuidar sómente dos seus interesses e do dos seus "grandes amigos", querem agora voltar?! para quê?! e o povo mais uma vez têm uma venda nos olhos. Realmente cada vez me convenço mais que tenho de sair deste país.

    bjs

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  6. Basta ver a rotatividade que tem existido nos sucessivos governos, vira o disco e toca sempre aos mesmos, ora uns, ora outros. Sempre!
    A falta de memória pertence ao povo e a esperteza pertence-lhes a eles, aos políticos, a inteligência, essa, fica apenas para alguns, raros, que a desperdiçam...

    Acho qe até ponho uma vela a arder em Fátima para isso não acontecer, cruzes, credo, canhoto!

    Beijocas nossas ;)

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  7. E os espertos safam-se.
    Há tantos, não só na política, como nas pessoas que convivem lado a lado connosco.
    E isso irrita-me profundamente.
    O ditado diz "cá se fazem, cá se pagam", mas para estes senhores, parece-me que nem os "juros" pagam.



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