Condomínios...

Bem, por estes dias descobri que o meu prédio tem tido uma agitação constante e não fui convocada para o frenesim! Imperdoável!!

Desde...

- Vizinha do 4º andar andar à porrada com a vizinha do 7º andar.

- Vizinha do 7º andar deixar três sacos (enormes) de lixo no patamar do atelier, no -1. Devia ser para o invisível ir levá-los ao contentor (só foi descoberto porque o vizinho do rés-do-chão foi escarafunchar o lixo e encontrou cartas rasgadas e talões.). Gabei-lhe a coragem! Homem com  H grande!!

- Deixarem bilhetes assim, a modos para o baixo nível entre os que estão em guerra. No entanto, para o prédio todo ler a obra prima, enfim.

- Levar com beatas de cigarros nas varandas.

- Fazerem xixi no patamar do atelier que ficam no -1º (deve haver um fetiche qualquer nesse patamar).

- Xixi de cão nas roupas estendidas no fio, por isso fiz este post!

Lamentável.

Eu estava a norte até levar com todas este bando de informações.

Como se não bastasse, ainda volta e meia, quando encontro (e estou acompanhada da Zunfinha), a minha vizinha do 4º andar (com as filhas gémeas) no hall do prédio e afins, a conversa basicamente é esta!

Vizinha - Então vizinha, está boa?

Eu - Tudo bem vizinha (já a fazer menção para dar meia volta)?

Vizinha - Ai vizinha!! A Zunfinha está tão crescida! Tão gira que ela está!

Eu - Obrigada! As suas também estão muito giras... (logo interrompida por ela)

Vizinha - Ai, não diga isso vizinha! Então não vê como as minhas estão?! Tão fraquinhas! Nada a ver com a Zunfinha!!

Eu - Oh vizinha não diga uma coisa dessas (não estava a acreditar no que estava a ouvir).

Vizinha - Ai, digo, digo! Então não sei as filhas que tenho! As minhas não crescem! Não são sociáveis! Eu não sei o que fazer com elas! Olhe para a Zunfinha! Uma criança que se vê que cresce a olhos vistos. Muito comunicativa.

Eu - Mas vizinha! Não se pode esquecer que tem gémeas!! O crescimento é diferente e além do mais, cada um é como cada qual. Não é bom dizer estas coisas em frentes às meninas (e fico-me pelo comentário.).

É preciso arranjar uma desculpa para ir embora, porque a mulher quando abre a boca, não há quem a cale. Sempre para rebaixar as filhas e a enaltecer os filhos alheios.

Eu fico azul quando a vejo! Fico fora de mim quando a senhora começa a despejar ou a destilar veneno nas suas próprias filhas (junto delas) é surreal a situação! Só tenho vontade de, nem sei.

A senhora não vê que está a arranjar graves problemas de inferioridade às suas filhas. Que não é saudável cobiçar os filhos alheios e rejeitar os seus próprios filhos.

Ok, temos que ter noção das qualidades e defeitos dos nossos filhos, mas dai a dizê-lo em frente a quem quer que seja e pior! Em frente deles e de maneira pejorativa! Demais a loucura!!

Com tudo isto, chego à conclusão que como na família, na comunidade de um prédio, não temos voto na matéria! É o que nos cai na rifa e não há nada a fazer.

É triste que em pleno século XXI haja tanta falta de civismo! Tanta falta de educação! Tanta falta de tudo!!

É que as pessoas que moram num prédio esquecem-se que a nossa casa não começa da nossa porta de casa para dentro, mas sim da porta do prédio!! É aí que começa a nossa moradia! É assim tão difícil compreender?

Com esta conversa toda já me esquecia de dizer que as informações dadas dos itens foram-me fornecidas pela senhora da limpeza que é o correio do prédio (risos).