Psicopatas do Presente!

Estou a ler um livro que já dura há um ano! É verdade. É mesmo enfadonho, mas real. Real no sentido que as coisas que são lá relatadas poderiam acontecer a qualquer um de nós. O titulo é, "Os Psicopatas do Presente!"

Quando comecei a ler as situações descritas eram surreais...

Pessoas ditas normais no seu dia-a-dia. Olha-se para elas e parecem anjos, mas depois as suas atitudes para com os outros do seu círculo deixam muito a desejar...

Situações como manipular familiares, amigos, conhecidos, sentimentos, situações e depois, reverter a seu favor. Mentir descaradamente, inventar histórias para o seu proveito. Usar e abusar.

Na minha leitura, o que achei mais gritante foi ter-me apercebido, que às páginas tantas, a personagem principal (psicopata), acreditava piamente nos absurdos que dizia. Era tão convincente para consigo própria que naquela mente doente, deturpada, tudo fazia sentido. Ao ponto das outras pessoas questionarem-se se eram elas as doidas! Como pode ser possível haver pessoas assim!? Assim, ditas normais, que olhamos para elas e nem nos apercebemos dessa disfunção psíquica  Pessoas que têm a arte de mentir, manipular, roubar, fugir e pior ainda, não se preocuparem com os outros. Esses outros que eles envolveram nessa teia, nesse roll de coisas feias, más, desumanas.

O que as move? O que as faz acreditar na meta que traçam? Como é possível as pessoas sãs caírem na teia? Não se darem conta que estão a lidar com pessoas más, que agem de má fé, que não estão bem psicologicamente? Só quando se vêm sem alternativas ou quando as situações estão escancaradas, é que se dão conta do erro. De terem acreditado, confiado, de terem agido de coração. É disso que essas pessoas se aproveitam, da boa fé, bondade, ingenuidade das outras pessoas. Sugam a alma.

Este livro é de facto uma lição de vida que podemos tirar. As situações ao pormenor ali descritas são brutais. O leitor quando começa a ler, às tantas, se sente envolvido na história. Pela forma como está escrita, descrita, pela crueldade das situações, pelas envolventes emocionais das personagens. Uma série de pontos fulcrais que deixam o leitor sem ar, revoltado, angustiado, a pensar: e se fosse comigo?

Ninguém está livre nesta vida de se deparar com um psicopata na sua vida. Quantos não andam por ai? O vizinho, o senhor do café, da bomba de gasolina, o nosso colega, a amiga x, um familiar.

O psicopata não é só aquele que está na clínica de doentes mentais, o que anda numa camisa de forças, o que é agressivo. Temos que ter medo desses mas noutro prisma. Porque a sanidade mental dessas pessoas não deixa terem discernimento ao ponto de verem o que é certo e o que é errado. É uma loucura visível, clara.

Os outros psicopatas, os que são retratados neste livro, são silenciosos. As suas intenções estão camufladas. Eles próprios não admitem a sua loucura. Na sociedade são considerados normais porque têm um comportamento dito normal. As pessoas que estão há sua volta só se apercebem da sua loucura quando está no auge. Quando perdem o controle das atitudes, das palavras, quando começam a dar indício dos actos tresloucados. Só aí é que lhes cai a máscara. No entanto, por vezes já é tarde demais...

... Coitados dos que caem na teia...