quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Pronto, começaram as retaliações, querem ver?

Com tanta falta de emprego, pessoas sedentas de trabalho, e há pessoas que não dão valor ao que têm, ou melhor, pelos vistos, não estão talhadas para aquilo que fazem.
Não é de hoje nem de ontem que há chamadas de atenção à auxiliar por situações que impliquem a Zunfinha. A última foi há poucos dias com a situação de uns papéis que a Zunfinha trouxe que lhe foram dados ou pela senhora dona auxiliar ou pela professora (acabei por não perceber por quem efectivamente pôs na mala), o que sei é que ambas (auxiliar e professora), negaram a pés juntos que nada foi enviado. Pois um dos papéis era relacionado com a compra de um livro e quando fui para pagar o dito livro, cada uma ficou incrédula porque não havia livro nenhum para pagar, e não tinham posto nada na mala da Zunfinha. Mas, os papéis lá estavam, na mala e, ela assim que chegou a casa os mostrou. Ora que perante tal situação insisti, insisti em dizer que que sim, que havia, pois o recado tinha sido levado para casa, mas como não tinha ali o raio do comprovativo, só no dia seguinte é que pude provar que estava a falar a verdade e que a Zunfinha não estava também a alienar. Ambas ficaram com cara de tacho. Perante tal situação, a senhora dona auxiliar, não vai de modas e, assim que apanha a Zunfinha sozinha intimida-a. Intimida-a dizendo que ela não tinha nada que me contar o que se passava ali, na escola. Óbvio que a Zunfinha assim que me viu, conto-me a façanha da senhora auxiliar. Euzinha, não vou de modas, e quando de manhã a vou deixar, a Zunfinha, vou ter com ela, a auxiliar, e digo-lhe que agradecia que nunca mais intimidasse a Zunfinha. Que se quisesse dizer fosse o que fosse que me procurasse ou ao pai. E, que ainda estava para perceber aquela atitude, mas que não se repetisse. Encaixou. 
Ontem, vou buscar a Zunfinha e, a primeira coisa que me diz, assim que me vê, é que não comeu o iogurte nem de manhã e nem à tarde porque a auxiliar, recusou-se a dar uma colher. Pois por lapso, a Zunfinha foi com o lanchinho mas sem a colher. Eu, ingénua, quando cheguei à escola ainda lhe disse "oh, esqueci de pôr a colher, mas não te preocupes, bebé, pedes à xxx que ela empresta-te uma para comeres." - Afinal, estava errada! Pois que a senhora dona auxiliar de manhã mandou a criança buscar a colher com as senhoras da cozinha, quando as senhoras ainda não tinham chegado ao refeitório (estava a gozar, literalmente com a criança). Conclusão, a Zunfinha não comeu o iogurte pela manhã. Pela tarde, volta a pedir a colher e a resposta que tem da senhora dona auxiliar, é que estava a cortar maçãs e por isso, não podia ir-lhe dar a colher. Resumo: não comeu novamente o iogurte. O que vale, é que mesmo que mande iogurte ou leite mando sempre um reforço de bolachas ou uma sandes, foi a sorte senão, a garota ficaria mesmo sem comer nada. E verdade se diga, o que conta aqui, mais que tudo, é a atitude da senhora. Assim que a Zunfinha contou-me fiquei furiosa. Hoje, como é óbvio, fui falar com a senhora (que já nem lhe posso ver à frente), começou por se desculpar dizendo que ela não podia entrar no refeitório porque os talheres estavam desinfectados e que a criança devia trazer os talheres de casa. Nem queria acreditar no que ouvia. Assumi o meu erro em não ter mandado a bendita colher, mas, se ela fosse uma pessoa com dois dedos de testa e, com um pouco de bom senso, nunca, em tempo algum, deixaria uma criança sem comer, por causa de protocolos patéticos, quando o bem estar de uma criança está em causa. Depois daquela explicação esfarrapada nem a quis ouvir mais e pedi que chamasse a professora. Essa também não sabia onde se enfiar. Só dizia que não se voltaria a repetir  e que nem sabia onde a senhora auxiliar estava com a cabeça. Ao qual respondi que aqui não se tratava de estar com a cabeça aqui ou ali, mas sim, que o que aconteceu, foi de pura maldade. Pura retaliação pelas chamadas de atenção que teve anteriormente. A professora quis dar a volta à questão, mas deixei bem claro que estava, estou, atenta. Bem atenta e, que a minha Zunfinha, ainda diz tudo o que se passa com ela. Realcei que o que se tinha passado tinha sido muito grave e, como tal, seria aquela vez sem exemplo. E por fim disse (o que já tinha tido a oportunidade de dizer à senhora dona auxiliar também) que depois desta e outras situações que tinha sérias dúvidas que aquela senhora estaria no emprego certo. É que para lidar com crianças, a sensibilidade, tem que estar no auge.

[Não quero ferir susceptibilidades, mas não vejo outra imagem que se encaixe melhor a este post do que esta.]

5 comentários:

  1. Ai porra... eu não sei se teria a calma que tu tiveste!
    Fico parva com a atitudes dessas pessoas que lidam com as crianças diariamente. Credo !

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  2. Essência, estou parva!
    Insensibilidade e vingança?
    Fosse eu a professora e/ou a auxiliar, seria eu que ia buscar a colher para a Zunfinha.
    Estás atenta e não deixes passar nada.
    Há tanta gente que não se lembra que ainda tem sorte de ter um emprego.
    Beijinho.

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  3. As pessoas têm atitudes difíceis de perceber. Só apetece mandar essas pessoas para um certo sitio mesmo!

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  4. Desculpa?!! Há gente que não pode ter determinados empregos, por acaso a Zunfinha conta o que se passa com ela mas e se de facto a criança ficasse intimidada? Ia para a escola para ter medo de quem está lá para cuidar e vigiar? Quem faz esse tipo de pressões e ameaças a uma criança não pode estar nesse lugar.

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