quarta-feira, 4 de junho de 2014

Bem dito, bem certo! Só quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro...


Na sala de espera, uma mãe para o filho:

«Pára! Pára, senão parto-te as mãos! Parto-te as mãos e já não mexes em mais nada! E parto-te as pernas! Parto-te as pernas e já não andas mais de um lado para o outro! Assim ficas quieto e não chateias.»

E pronto, a criancinha ficou a olhar para aquela mãe com aquele ar de medo, mas não surpreendido. E eu? Eu e os demais que se encontravam naquela sala, ficámos perplexos a olhar para aquela senhora que se intitulava como mãe daquele ser... Fiquei perplexa com a fluidez daquele discurso. No sentido que fiquei com a sensação que não seria a primeira vez (pela reacção do garoto) que ela cuspia tais frases daquela boca. E, se assim for, se em público é assim, nem quero imaginar em privado. Assustador só de imaginar.

7 comentários:

  1. Eu teria mandado alguma boca, ora essa mas que estupidez.
    Realmente nem quero imaginar mais nada, coitada dessa e de muitas outras crianças.....

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  2. A noção de educação para algumas pessoas é realmente, no mínimo, assustadora.
    Depois, admiram-se de mais tarde, os filhos, já adultos, copiarem aquilo que sempre viveram pela vida fora.
    De facto as crianças por vezes conseguem tirar-nos do sério, mas acho esse discurso que descreves, de mãe para filho, revoltante. Mesmo quando já estamos de cabeça perdida, e eu sei do que falo, tenho dois em casa, nunca nos podemos esquecer de que são apenas crianças, e olham para nós como protectores.
    Enfim...

    Um beijo para ti

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  3. Dizem que ser inteligente é ser capaz de observar sem julgar...Ora eu sei que é muito difícil e eu também julgo...Mas talvez fosse importante tentar não o fazer,pelos outros e por nós...Há situações que perturbam...

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  4. Tema controverso este e que "mexe" muito comigo, pelo que sabes!
    Abstenho-me de opinar este caso em concreto e vou directa à tua principal afirmação: "Se é assim em público, nem quero imaginar em privado" e como tal....nego-me a imaginar, porque até a mim me dói!

    Mimos ;)

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  5. e foi dizendo sempre sentada, sem mexer uma palha, sem esboçar um gesto que pudesse ter intenção de entreter a criança, sem ela chegar a pontos de enervar assim "a senhora sua mãe?" às vezes nem sabemos bem em que mundo se decidem vidas tão pequenas...

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  6. As crianças por vezes tiram-nos do sério mas como adultos temos a obrigação de saber até onde ir, é preciso ter consciência da responsabilidade que é educar uma criança e respirar fundo, contar até 154421 quando é preciso. Para ter filhos basta ser capaz fisicamente mas só isso não basta para os educar.

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  7. Sónica,

    Não me deu para nada. Talvez porque aquilo que ouvi na primeira pessoa foi tão à frente mas tão à frente que me deixou para trás.

    Nikita,

    Pois, cada um educa da melhor maneira que pode e sabe, é certo. Mas também existe a base para todos na sociedade e, quando se ultrapassa isso, é preocupante.

    Til,

    Não sei se este comentário é para quem comenta ou para quem fez o post. Mas seja como for, o que te posso dizer da minha pessoa é que eu quando faço um post é no sentido de dar a minha opinião em determinado assunto e não julgar. Julgar e opinar são duas coisas um pouco diferentes apesar de estarem ali lado a lado quase a darem as mãos.

    Esmeralda,

    Penso que ninguém que tenha o coração no sítio quer sequer imaginar o que quer que seja.

    desabafos,

    Está espelhado as gerações que temos.

    Vee,

    Quando há adultos que parecem crianças, fica complicado.

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"Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo".♥ - Fernando Pessoa

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