quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Jogo do quebra-cabeças

Cá vamos nós, meus caros, para mais um jogo do quebra-cabeças. Todos os textos têm algo em comum, o título: Paixão. Ora que foi o mote que dei para que pudessem iniciar esta partida ainda sem chegada. Não me alongando muito, só quero relembrar mais uma vez, que os comentários ficarão retidos durante todo o dia, assim como desta vez haverá bengala. Ou seja, vão estar expostos o nome dos participantes. Contudo, tanto os textos como os nomes estarão de forma aleatória. Bons palpites (o vencedor, terá um miminho). 

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1. [YellowMcGregor]

Caro(a) “Leitor”(a), “Só por Amor” e um “Vicio de ti”, é que te irei contar aquela ultrassecreta missão que ficou conhecida, para sempre, com o nome de código: «Paixão!». Tudo se passou assim:

Naquele fim de tarde, despi a “Roupa Prática” que envergava e vesti o habitual smoking. Peguei no papel. As letras e as palavras sempre me fizeram confusão. Entre “Palavras e Silêncios”, nos “meus momentos”, sempre preferi os silêncios. Agora como descobrir aquela “Palavra Já Perdida”, melhor “Palavras Mais Que Perdidas”? Uma verdadeira "Incógnita". Mas tinha que cumprir com a missão que a “Miss S.” – para muitos apenas “S*” – uma vez mais me confiara. Olhei melhor para o papel, para aquele “Sutra” misterioso: parecia-me uma “Panóplia de Nada”, Apenas umas letras”… mas… o que seria aquilo? Aquelas marcas gráficas, “As duas na letra” “Vee”: «“V é de Vida(s)”», pensei. Alguém planeara exterminar alguém. Tirar vida ou vidas. Ou… pior ainda. Não acredito. Veio-me à memória a imagem de “Ulisses L”, o “L'Enfant Terrible”, “Um homem sem blogue” que vivia no submundo do Flickr, só de imagens, um verdadeiro "Velho do Restelo". Recordo-me dele dizer, um dia, que tinha um “Desejo”: – «“Também quero um Blog”!». Mas a “Árvore de Natal da Blogosfera” jamais poderia ter aquele enfeite e por isso fora banido pela “Miss S.”. Só pode… “O blog da s.” está em perigo! E com ele toda a blogosfera. Não seria apenas a minha paixão mas a paixão de todos os que gostam deste mundo virtual, desta vida feita de palavras e emoções.

Peguei num copo de whisky e bebi tudo se seguida. Na rádio tocava o Under The Boardwalk numa versão com letra nova: "on the catwalk”.Tremia. Só uma pessoa podia me fazer chegar até ele: “Vera, a loira”, uma “Vadia”. Nunca tinha visto antes uma “Mamã de Peep-Toe”, com o filho ao colo: que irresponsabilidade.

Numa condução “Super Sónica”, deixando “Nuvens e Borboletas” a rodopiar, voei até àquele bar, o “Myinside22”, onde em tempos assistira ao espetáculo da “AvoGI (e as Pulgas)”, para falar com a “Maria”. Entrei e vi a “Maria em Palco” cantando “La scarpa incantata”. Suas “buxexinhas” reluziam sob o foco das luzes daquele “Palco do tempo”. Ela era a minha “POC” (Point of Contact) para aquela missão. Quando terminou, cheguei perto dela e disse a senha – «“Just a Lady”…» – ao que respondeu com a contrassenha – «…num “Carrossel de Linho”.» (nunca percebera bem estas “Tocas eBaldocas” ridículas dos serviços secretos). – «Estavas “Pretty in Pink.”» – Galanteei-lhe a meu modo (às vezes gosto de usar termos estrangeiros… são “As Minhas Pequenas Coisas”, pequenos “Esboços de quem sou”). Naquele breve instante revisitei uma “Panóplia de sonhos” porque a Maria fora, em tempos idos, “a minha essência”, “o meu eu”, a metade que me completava. «Obrigado» – agradeceu-me friamente. Acordei. Perguntei-lhe, então, onde estava a Vera. Fez-me um sinal com a cabeça. Olhei “BESIDE ME” e vi lá no “Cantinho” a “NI ENTRE AMIGOS” (era assim que eu tratava a Vera, por NI… um dia explicarei…): “Inês E.”, "Maria", “Petra”, “Afrodite”, Katy Single” e … o “Rafeiro Perfumado” que eu andava à procura. Cogitei que “Elas Vistas por Ele” não passariam de “Desabafos em rodapé”, meros passatempos sexuais.

Cheguei perto do balcão e pedi um cocktail – «“Tanita”, “Pusinko” ou “Sexy na Cidade”?» – perguntou-me a barmaid. Repliquei – «um Vodka Martini» – avisando-a de imediato – «Shaken, not stirred».
Tracei a “alinharecta” imaginária que me levaria até à mesa deles. Apalpei a sovaqueira para sentir lá a minha amiga. Bebi um trago do néctar e avancei.

– «Vieste “Ao Meu Reencontro”? – rosnou-me com um sorriso trocista que logo desapareceu quando eu puxei pela arma e lhe apontei à cabeça. Ele começou a tremer como varas verdes. Reparei que as suas calças ficaram molhadas entre-pernas.
 «Por favor… Luke, I’m Your Father».
– «Não acredito em estórias da "Karochinha”.» – disse, enquanto uma lágrima escorria pela minha face ao me lembrar do João que morreu no caldeirão. Premi o gatilho e disparei:
– «Não me chamo LukeMy name is McGregor. “Yellow Mcgregor”!».

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 2. [Velho do Restelo]

QUE SE FODA A PAIXÃO!!!
Sim, que se foda a paixão, não faz parte dos meus planos, das minhas prioridades, não preciso da paixão para ser feliz, bem pelo contrário. 
A Paixão acaba sempre! Primeiro desvanece e por fim acaba!!!
Conheci relacionamentos com base em Grandes Paixões... que acabaram porque um deles se apaixonou por outro alguém!!!
Se a Paixão não acabasse... então como seria possível um apaixonado apaixonar-se por outra pessoa??? 
Desses novos relacionamentos das novas paixões... nunca conheci nenhum que fosse em frente, que tivesse futuro que durasse... 
A Paixão é pouco mais que tesão, mas tesão é feio, é frio, é só carnal... a paixão não... a paixão é algo que nos faz delirar, que nos faz sonhar acordados, que nos faz voar dizem os iludidos!!!
A Paixão é um desvario, que nos ofusca, que nos confunde, que nos impede de ver defeitos e que nos desvia do que verdadeiramente interessa...
Paixão??? Prefiro encontrar uma amizade sólida, respeito, compreensão e carinho e "caminhos" em comum... que com tesão nem sinto pela falta da paixão.

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3. [Leitor]

Paixão, q'é isso? Hmm...uma doença patológica ou um desejo na vida? Fui ver o que seria e no meio de tanta confusão pareceu-me mais uma doença do que uma bela emoção. Mas vamos ao que interessa. A Paixão! Para mim...um sentimento forte e temporário, sofre transformações ao longo do tempo e evolui com a idade. É amor quando se tem sucesso e um drama quando nada acontece. 
"É paixão", diz quem me ouve falar sobre ela...mas eu não confirmo.

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4. [SuperSónica]

Paixão....

Já dizia o outro que é aquilo que arde sem ver e blá blá pardais ao ninho.
Paixão para mim é quando todo o meu corpo vibra, quando os meus olhos brilham e derretem, quando a saliva aumenta substancialmente na minha boca, quando fico tão ansiosa que o coração dispara a uma rotação acima do nível. Quando todos os sentidos se activam, despertam e é algo de tão incontrolavelmente bom, muito bom de sentir,

Foi assim, sexta-feira à noite, num jantar de sushi...ai adoro sushi!

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5. [Cantinho]

Quando li o segundo desafio da amiga Essência, fiquei pasma a olhar o tema: Paixão?! Do que ela se lembrou! Paixão!
Nessa noite, acreditem, acordei a pensar no assunto. Não sei se sonhei com alguma paixão do passado ou o acordar repentino levasse o meu pensamento para a nossa Essência malandra e para o tema proposto.
E imaginei-me a escrever sobre a paixão dos meus 20 anos aquela que não me deixou, ou eu não quis, ver o que se passava à minha volta, mas somente o que estava à minha frente.
Agora, sem saber o que escrever, permito que os meus dedos toquem o teclado e deixem sair as palavras que me passam pela mente: "paixão, paixão, não vais fugir de mim, serás, paixãaããão até ao fim."
O que dizer?
Ao longo da nossa vida passamos por muitas e variadas paixões mais ou menos intensas, mais ou menos loucas, mais ou menos sofridas..
A paixão é um sentimento que provoca em nós ansiedade, tremor, nostalgia, sofrimento, suores, suspiros, felicidade, aventura  e loucura, muita locura.
Também estamos mais despertos para as sensações, sentimo-nos mais confiantes nela (porque estamos apaixonados) mais egocêntricos e inteligentes.
Sonhamos acordados, rimos das aventuras, esquecemos que vamos na rua e rimos de algum gesto ou lembrança que por segundos nos vem ao pensamento.
Trocam-se beijos fugazes, provocadores,  ( aqueles que não queremos que ninguém nos descubra) os mais desejados e quentes, os mais apetecíveis. Esquecem-se as horas, vive-se a vida com intensidade como se o mundo acabe já, hoje.
E a paixão não tem idade, não tem sexo, não tem raça, não! Ela surpreende qualquer pessoa: basta um olhar, um gesto simpático, um pequeno percalço, para que o  click no nosso cérebro sinta as endorfinas entrarem em ebulição, o coração bata fortemente, as borboletas na barriga sejam por demais teimosas e não nos larguem, o rubor nos atemorize as novas sensações no perturbam a vida, o descanso.
E ninguém pode negar que não gosta de estar apaixonado.
A paixão é passageira, todos o sabemos, mas é um estado maravilhosamente louco que não podemos deixar que ela se esqueça de bater à porta do nosso coração. Temos que a viver, mais cedo ou mais tarde, mas vivê-la.
A minha grande paixão foi loucamente uma paixão longa, demasiado longa... Mas
gosto de estar apaixonada. Enquanto estou, sinto-me forte, sedutora, feliz, revolucionária e...capaz de subir a montanha mais alta para a ter perto de mim, mesmo que por pouco tempo.
A paixão é  o que cada um de nós quer que ela seja.
E eu quero que ela, mais uma vez, venha bater à porta do  meu coração, que se transforme em amor,  porque sou uma eterna romântica.

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6. [A Minha Essência]

Numa tarde de inverno, sentada no cadeirão vislumbro a rua pela janela. Meio baça da respiração, meio suja de pó pelo tempo que não é limpa, vislumbro não sei bem o quê. Pois a minha mente deambula para lá do tempo passado. Vislumbra as mãos grandes e dedos finos que percorreram cada centímetro, cada recanto deste corpo que agora se encontra só... abandonado. Vislumbra a boca quente e húmida que de imaginar a língua a fazer das suas, a nuca dá sinal. Dou um salto. Os pêlos dos braços estão todos em pé. Por segundos penso que é do frio, mas logo depois mentalizo-me que não. São os pensamentos que estão a fazer o corpo se alterar. Não só o corpo, mas todos os sentidos. Toda a mente está contaminada com a febre. A febre de quê? Deixe-mos de conversa sem importância e retomemos o que realmente interessa, os pensamentos inofensivos de uma doce, doce não, quente lembrança. A lembrança de uma paixão. O que é mesmo a paixão?

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7. [A Rapariga]

Paixão. Paixão é o que sentimos quando realmente estamos apaixonadas. Formigueiro no estômago... quando tudo é um mar de rosas. Somos capazes de fazer tudo por essa pessoa... Paixão é o que sinto pelos meus filhos, pelos meus pais, porque acho que nunca senti por ninguém.

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8. [Karochinha]

"Paixão: um Paraíso e um Inferno de mãos dadas."

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9. [Kika]

Paixão é o que sinto pelo meu marido que já estamos juntos à bastantes anos. Nos damos bem. Temos alguns stress´s mas isso acho que todo o casal tem. Deu-me 3 filhos maravilhosos, uma com quase 11 anos e eles com quase 5 anos, são gémeos. Tenho uma vida estável, sou trabalhadora e criei os meus filhos sozinha, ele também tem o trabalho estável, estamos os 2 afectivos.
O que posso dizer mais, a vida corre bem com a família linda que tenho, muita paixão e amor claro para os meus lindos filhos que tenho e pelo meu marido. Beijos

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10. [Ulisses]

[Este texto não tem haver com os restantes textos, pois foi lapso do autor que pensou que o jogo desta vez era igual ao primeiro. Mas mesmo não sendo na mesma temática, optei por deixar, porque afinal, o que conta é a intenção de participar. E isso é mais que visível com este autor.]

O Taismo Zen do Arroz Doce:


Era já quase um ritual…


…uma mania que alguns até considerariam, sei lá, estranha, ou assim…


Todos os dias Eleutério Esteves Papa Ovelhas entrava na tasca do Toni dos Presuntos.

Todos os dias Eleutério Esteves Papa Ovelhas ficava por algum tempo a mirar a vitrina cheia de artigos de pastelaria, sandes, salgados e sobremesas.
Todos os dias Eleutério Esteves Papa Ovelhas perguntava ao Toni dos Presuntos:
-Pá, o arroz doce e de ontem?
Todos os dias o Toni dos Presusntos respondia:

-Não, é de hoje, é fresquinho, foi feito a bocado…
Todos os dias o Eleutério Esteves Papa Ovelhas afirmava, depois da resposta do Toni dos Presuntos:

-Atão nã quero. Dá-me ai só um café.
Isto durou semanas, senão meses. Talvez até, quem sabe, anos. Mas o mundo estava prestes a mudar naquele dia soalheiro.
O Eleutério, naquele dia, ao contrário do que era hábito, entrou acompanhado pelo Hipólito que se atracou de imediato ao balcão e afirmou:

-Pá, ó Toni, dá ai uma “mine” ó faxavor…
Já o Eleutério cumpriu a sua parte do ritual e demorou o seu tempo a olhar para a vitrina. O Hipólito olhou para ele um bocado, até que pura e simplesmente se fartou e perguntou ao Eleutério:


-Atão, olha lá, nã vais querer nada?

Tomando finalmente uma decisão, o Eleutério perguntou ao Toni:
-Pá, o arroz doce é de ontem?
E pela primeira vez em semanas, senão meses, talvez até anos, o Toni respondeu-lhe:
-Olha, por acaso até é…
-Atão como-o tu, pá. Dá-me só um café…



...e foi assim, desta maneira insuspeita, que se descobriu que a verdadeira paixão de Eleutério era o café...

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Os autores:
 A Rapariga; Ulisses;  Karochinha;  SuperSónica; Cantinho;  Velho do Restelo;  YellowMcGregor; Kika; Leitor; A Minha Essência.

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8 comentários:

  1. Andei a manhã inteira nisto...às tantas já estava toda baralhada ao tentar descortinar quem escreveu o quê e os homens deram-me mais "trabalho" do que os textos femininos...
    Após muito ler e pensar (que até já cheirava a queimado) cá vai o meu palpite, depois explicarei o porquê das minhas escolhas:
    1- YellowMcGregor
    2- Velho do Restelo
    3- Karochinha
    4- Sou euuuuuuuuu!
    5- Catinho
    6- Essência
    7- A Rapariga
    8- Leitor
    9- Kika
    10 - Ulisses

    (estou desejosa por saber o resultado final!!!!)

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  2. Irei por partes para ver se não me espalho ao comprido:
    Pelo óbvio, começo por mim e atribuo-me o 8, claro, desta vez pequei por defeito, pura estratégia.
    Depois acho que o teu Essência é o 10, novamente para despistar mas com uma excelente pista: o café!
    A seguir o 2 do Velho do Restelo, não sei bem o porquê mas quando li, pareceu-me, não tenho outra explicação ou justificação.
    O resto estou indecisa.....o 1 seria uma óbvia escolha para o Yellow mas....também podia ser o 3, não sei! Estou a divagar mas acho que é o 1.
    Então o 3 seria do Ulisses L, talvez sim, talvez não.
    Restam-me os outros, eu sei mas não tenho muito mais tempo, nem forma de dar corda aos neurónios e como tal, fica-me como um mistério que irei, atenpadamente, descobrir quando revelares a quem pertencem, ok?
    Parabéns a ti, pela iniciativa, gosto disto!
    Beijocas nossas ;)
    P.S. - Quase é como aquela expressão: "cada tiro, cada melro" mas o que importa isso?

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  3. O 4º texto será da SuperSónica???

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  4. Et voilá:

    1. YELLOW MCGREGOR
    2. VELHO RESTELO
    3. LEITOR
    4. SUPERSÓNICA
    5. RAPARIGA
    6. ESSÊNCIA
    7. CANTINHO
    8. KAROCHINHA
    9. KIKA
    10. ULISSES L

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  5. Eu até estava à espera que alguém comentasse para ter mais ao menos noção de como eram as coisas. Ou não é para fazer pela caixa de comentários?

    Não joguei o outro e li as regras um pouco na diagonal.

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  6. Parabéns, Supersónica ;-) Ficaste em primeiro :-)

    Vou só divulgar a minha escolha do texto da nossa anfitriã: Visitem a página dela do FB! (achei que foi inspirado numa imagem de um banco com excelente vista. E depois... depois foi pincelado com um texto cheio de essência :-) ).

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