segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Não ganhei para o susto

Bateram-me no carro. Estava com a Zunfinha. Ainda estou a tremer tal não foi o susto e todo o aparato. Vou recompor-me, e quando estiver mais calma retomo o post de onde parei, daqui.

Após algumas (muitas) horas, eis que me encontro novamente junto do computador para então partilhar este brinde de começo de semana, ou de entrada de ano.

Todos os dias de manhã faço o percurso de sempre para levar a Zunfinha à escola. Numa estrada onde tenho toda a prioridade, vejo um carro a vir, literalmente, direito a mim, e antes de pensar no que quer que fosse, puf! Levei um grande esticão. A porta do meu lado ficou toda para dentro, mais a de trás e o pára-lamas (é assim que se chama?). A minha preocupação logo apesar do susto e do stress que se instalou em mim foi ver a Zunfinha que estava assustada. Também ela levou um safanão pela agressiva batida. Não nos magoá-mos (só sinto uma impressão na nuca. Nada demais), não. Mas foi um grande susto. Foi um grande estrondo pelo choque dos carros. A sorte no meio disto tudo é que passa a mãe de um colega da Zunfinha que me reconheceu e foi saber se precisávamos de ajuda. Logo pedi para que levasse a Zunfinha dali e a deixasse na escola. A senhora (nem sei o nome), gentilmente o fez. Depois ainda voltou (tão querida) para relatar que a Zunfinha tinha ficado bem, dentro dos possíveis (na altura sabia que não, que não ficou, mas agradeci). Voltou a perguntar se precisava de mais alguma coisa.
O Fulano, entretanto sai com as mãos na cabeça a pedir mil desculpas (quando se deu conta que estava com uma criança pequena no carro ainda ficou pior) e que simplesmente não me tinha visto (como é possível?). No início, pelo stress e tudo mais fui um pouco brusca com o homem, só pensava que podia ter acontecido algo de pior comigo e principalmente com a Zunfinha. Chamei-lhe irresponsável, pois na zona que era e como foi o acidente ele só podia vir a dormir. O homem lá fez orelhas moucas ao que eu no momento do stress o chamei e prontificou-se a tratar de tudo. Quis que preenchêssemos somente a declaração amigável, mas disse-lhe que podia ser amigável, mas que se chamasse a policia na mesma. Era melhor, para ambos. Só sei que saí de lá duas horas depois. Já estava farta. Ainda passei pela escola da Zunfinha para me certificar que ela estava bem, e para ela ver que eu estava bem. Assim que me viu começou a chorar a perguntar se estava tudo bem. Tranquilizei-a e vim de lá com o coração mais sossegado. Mas o stress, os nervos que sentia, esses, acompanharam-me pelo dia todo. Estava com a cabeça em água. A minha porta (condutor) não fecha. O senhor agente teve que lhe dar um safanão para fechá-la. Tenho que entrar pela porta do pendura. Não posso deixar o carro muito tempo na rua. Com a porta naquele estado, é um óptimo cartão de visita (não acham?). Oh, oh... Tive que tirar tudo de valor que tinha (vai-se lá saber porquê) até a seguradora ligar para agendar o arranjo. E pronto, aqui está o rescaldo deste dia fantástico.

17 comentários:

  1. Espero que esteja tudo bem com vocês. A "ressaca" é o pior momento. Um abraço solidário.

    P.S. Não deve ser fácil mas há que disfarçar junto da Zunfinha. Força.

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  2. Céus... tu e a tua menina estão bem? Se sim então vê o lado positivo e se precisares de algo avisa.
    Abracinho com muito carinho!

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  3. Oh que aflição...nem imagino mas tenta acalmar-te, isso até faz mal.
    E beijocas às duas, espero que esteja tudo bem convosco!
    E um abracinho!

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  4. Muita força amiga... vai tudo correr bem. Ela já é uma menina crescida... e vai conseguir superar o susto com a tua ajuda.


    Beijinho calmo

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  5. Possas :S
    Mas vocês as duas estão bem, é o que importa!
    E vais ver que o tempo, acalmas !
    Beijinho grande grande *

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  6. DO mais importante foi mesmo que não se magoaram verdade!!??? Mas essas coisas são pre assustadoras e transtornam qualquer um!
    beijinhos
    Maria

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  7. O importante é que vocês estão bem e que não passou de um susto!

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  8. Compreender o porquê e como aconteceu é assustador, mesmo que seja só chapa.
    O mais importante é que estejam bem, as duas.
    Um abraço.

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  9. Olá. lamento que te tenham batido. E como está a Zunfinha? as melhoras para ti e para a pequenota. Hoje, um senhor idoso ia a sair de uma autoestrada, e á saída delas devemos de parar, e ele ia-me batendo. Saiu da autoestrada e continuou sempre em frente, nem parou nem travou, a estrada era toda dele. Vá lá que me safei. beijos e um abraço

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  10. Espero que tenha sido mais o susto... *

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  11. Obrigada por todo o carinho. <3

    Foi mesmo só o susto e chapa.

    Abracinhos

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  12. Como está a Zunfinha hoje? Conseguiu andar calma, de carro?
    Quanto a essa dor na nuca não convém descurar.
    Continuação de rápida normalização do sucedido e que tudo corra bem.
    Um ramo de :-)

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    1. Confesso-te que mesmo aqueles poucos minutos que ela permaneceu no carro, já que por graças não sei bem de quem, aquela senhora apareceu e a levou consigo, a deixou bastante sensibilizada. Ontem mesmo, quando a fui buscar, a primeira coisa que ela fez assim que chegou ao carro foi ir ver a porta do condutor. Olhou horrorizada porque de facto a porta não está nada bonita, tal não foi a pancada. Depois quando me viu entrar pela porta do pendura e a fazer ginástica para colocar-me no banco, perguntou se iria ser sempre assim (risos). Sem escrever que assim que me viu deu-me aquele abracinho e o semblante estava como uma menina de 7 anos não deve ter. Mas depois lá a distrai com outras coisas e lá lhe passou. Só quando falou com os avós é que ela por iniciativa contou o que aconteceu (quer dizer muito). Hoje, quando passamos pelo sítio (não há outro para ir) notei, pois olhei pelo retrovisor que ela agarrou na mochila (talvez para se distrair) enquanto passávamos por ali. Assim que avançamos, largou a mochila e continuou a olhar pelo vidro, como gosta de fazer.
      Quero acreditar que é uma fase. Também vou estar atenta aos sinais e qualquer coisa (espero que não) resolve-se na hora. Quando estamos atentos aos sinais dos garotos, é mais fácil agir. ;)

      Obrigada pela preocupação. Um beijinho ;)

      P.S.- Quanto à dor, não vou descurar. Hoje ainda me doí um pouco. Não tenho nada visível. Se continuar vou ao médico. ;)

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  13. As crianças têm um mecanismo de autodefesa que os ajuda nestes momentos traumáticos. Brincar com elas e deixá-las falar sobre o sucedido é muito bom.
    Acredita, amanhã é um novo dia ;-)

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