terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os machos e as suas coisas...

Quando não adormeço antes, costumo ver a novela «Amor à vida». Mais do que novelas, algumas, são espelhos do dia-a-dia da vida real. Gosto da história em si. Gosto de algumas personagens, nomeadamente, a do Félix e da Valdirene. Farto-me de rir. Excelentes actores, sem dúvida. Entretanto, no meio destes apontamentos todos, há a personagem do Michelle (menino da foto). Na história, é médico, giro que se farta, é casado mas está separado. Nesses entretantos, digo, da separação, encontrou alguém. Esse alguém é a personagem Patrícia (menina da foto.). Têm protagonizado cenas hilariantes (além das calientes). Mas, o que me fez escrever este post, foi uma situação (desses dois) que achei deveras curiosa. Então, como escrevi à pouco, o rapaz é casado, separado e neste momento está a viver momentos tórridos com outro alguém. Até aqui tudo (aparentemente) certo. No entanto, o rapaz no entusiasmo, além de proporcionar momentos à amante iguais que proporcionou à mulher, também deu alguns presentes iguais à amante a que tinha dado à mulher (!). Confrontado com a situação (sim, elas, amante e mulher souberam na mesma hora. Risos, delicioso!) nem ele próprio soube justificar. O que talvez seja injustificável. De facto estava à espera de ouvir uma explicação plausível, tosca, enfim, alguma coisa, mas nada. Bem, assim que vi esta cena pensei para o meu tímido decote: "deve sofrer de alguma patologia, ou é algum fetiche." - Agora a sério, é uma situação muito à frente. Tenho a certeza que quem faz isso, não consegue desligar o passado, porque consciente ou inconsciente repete momentos vividos. Como se quisesse perpetuar, no entanto, o que muda, é a "boneca". Mas o que não sabem (provavelmente), é que se estão a enganar, e a enganar a outra pessoa. Uma farsa, portanto que se vive. No final, o saldo, é negativo, ora pois então.

9 comentários:

  1. Ora aqui está um caso de que a seleção dos presentes deveria estar associado à pessoa a quem se vai oferecer. Assim - personificando - haveria forte probabilidade de não "repetir" as escolhas... Simples, não?! Não. Neste caso, ou casos semelhantes (presumo eu sem conhecer efetivamente a estória), poderemos estar na presença de uma "criteriosa" escolha da pessoa amada: ambas com os mesmos gostos, sensibilidades, requintes, entre muitos outros atributos/características/adjetivos, e até mesmo em parecença física. Um "certo tipo de obsessão". Sendo assim, a escolha da prenda teria que ser algo de semelhante ou igual. Claro que poderia ter optado pelo semelhante ;-)

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  2. Eu acho que deve ser preguiça... os homens conseguem ser muito básicos. Escolhem o caminho mais fácil.

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  3. Yellow,

    Obsessão, uma patologia. Sabes, não mencionei no post o tipo situações, mas posso escrever uma (a que me lembro, risos). Dar o mesmo tipo de aliança. Ir ao pormenor de fazer com que a outra use no mesmo dedo e que tenha o mesmo significado que, sem a outra saber, tinha para ele com a anterior. De facto é muito à frente. Daí o que disseste em parte (atenção): "poderemos estar na presença de uma "criteriosa" escolha", encaixar-se na perfeição. ;)

    S*,

    Humm... entendo a tua perspectiva, mas aqui, acho que é o sexo oposto a subestimar. Porque qualquer pessoa (independentemente do sexo) quando verdadeiramente se quer empenhar, consegue. ;)

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  4. Escrevi sobre presentes hoje lá no meu blogue e espero que não tenha um encontro imediato com a "falecida" (termos carinhoso que damos aos nossos ex) por aí e a veja vestida como eu, senão só posso pensar que andamos os três em sintonia, que horror. Mas no geral, e esta é apenas a minha opinião, os homens (não todos) tendem a oferecer presentes que eles mesmo gostam de dar sem, com isso, descurarem o gosto da companheira, logo, é perfeitamente natural que essa personagem ofereça prendas iguais a duas mulheres diferentes, o gosto pessoal é dele, as prendas vão em concordância.
    Beijocas nossas ;)

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  5. Insegurança masculina, omissão de factos (em relação à ex), dependência emocional.

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  6. Karochinha,

    Um erro crasso portanto (da parte dos homens). Isto porque dar presente a outro alguém indo pelo seu gosto e não pelo gosto a quem direccionamos, não pode acabar bem. Como está à vista. ;)

    cantinho,

    Risos, omissão de factos é o que grita aos quatro ventos nesta história. Mas é um bom acrescento esta tua perspectiva ao post. ;)

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  7. Essa situação é muito grave, no entanto também compreendo que não consigam inovar muito no entanto conhecendo bem a pessoa oposta há sempre uma maneira!

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  8. Há tempos escrevi um post que versava sobre se ao voltar a um local onde já fomos felizes com outra pessoa, se nao teriamos mistura de sensacoes/lembrancas, mesmo que a relacao passada esteja totalmente arrumada. Por vezes é impossível evitar certos locais, que se repetem com mais do que um pessoa especial na nossa vida.

    No que toca aos presentes e à situacao que referes, tendo em conta o que aqui já foi dito, que podem haver mil justificacoes, eu acho que é possível personalizar presentes, tornando-os distintos mesmo sendo parecidos.
    Um tipo gosta de oferecer lingerie com rendinhas escolhe modelos diferentes; perfumes e livros idem, jantar surpresa com outro menu, escapadinha de fds ou fetiche a realizar no elevador ou uma outra qualquer mariquice, todas sao passíveis de personalizar.
    Ou é desleixo ou mal resolvido. E nenhuma das duas é fixe.

    Beijokas Essencia

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  9. Sónica,

    Risos... Sem quereres (ou sim) estás a passares-lhes o rótulo de... ;)

    Pusinko,

    Esse tema que referes, também já escrevi aqui, recentemente. ;)

    Também gostei, da tua perspectiva. ;) Apesar que quando dás o exemplo (por exemplo) da lingerie (apesar de entender o teu ponto de vista) aqui neste caso específico muda um pouco, isto porque a personagem claramente copiou o momentos/objecto, e aí, a situação não se torna tão banal, inofensiva etc como aparenta quando dás o exemplo. Isto para dizer que, até os homens conseguem ter um fio condutor quando querem. Conseguem ir às entrelinhas, tal como as mulheres. Nós (mulheres) é que os subestimamos. Tal como aconteceu ali com a nossa cara S. ;)

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