quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Não há noção

Uma pessoa dá a mão e logo logo querem o braço todo.

Há uns meses atrás a vizinha do sexto andar veio ter comigo para saber se podia, durante uns dias (note-se, uns dias), deixar a moto 4 no meu lugar de estacionamento, uma vez que é o maior de todos. Como seria por uns dias, disse que sim. Passou-se uma semana, um mês, dois, e por aí em diante... Um belo dia, quando estaciono o carro, noto que a moto já lá não estava. Dias depois, optei por voltar a pôr as coisas que tinham sido retiradas pelo pedido feito. Tudo certo. Passou-se umas duas semanas, sensivelmente. Ah! E a fulana nunca mais disse nada. Nem um "obrigada, vizinha" (sim, nos cruzamos por algumas vezes no elevador), nem dizer porque a moto tinha sido retirada, nada. E eu, mediante tal postura resolvi ignorar. Portanto, ela nada disse e eu nada perguntei sobre a mota não estar mais lá. Até porque pensei que os dias que se tinham tornado meses tinham terminado efectivamente. Ontem, qual não é o meu espanto quando estou a estacionar e dou de caras com a moto. Saiu do carro e vejo a moto no meu estacionamento. Para piorar, a moto estava a esparramar as minhas coisas que tinha posto lá. Ou seja: a fulana além da lata de pôr a moto no estacionamento alheio sem dar cavaco, ainda tem a ousadia de deixar os pertences alheios "asfixiados" contra a parede. Bem, assim que vejo aquilo os calores começaram logo a subir. E só pensava que quando fosse falar com ela o caldo estaria entornado. Isto porque a fulana (segundo zuns-zuns de vizinhos) é uma grossa, sem educação alguma. Eu, como não papo disso, enfim, ia ser bonito. Subi com a Zunfinha para casa e enquanto estava a pensar no assunto, não é que me chega a salvação. Sim, o meu anjo da guarda foi lá a cima falar com a vizinha. Minutos depois, lá veio a arfar. Só me dizia: "ainda bem que não foste lá, como te conheço, ia ser bonito ia..." - explicou-me o "diálogo" que teve: "assim que toco à campainha e ela vem à porta e digo-lhe que agradecia que numa próxima vez que ela quisesse pôr a moto no estacionamento que, avisasse pelo menos. Ela, nem me deixou acabar. Responde logo que a moto tinha ido para a oficina." Ora que o anjo não lhe deixou sem resposta: "vizinha, independentemente disso, tem que avisar. Até porque foi desagradável chegar ao estacionamento e ver as coisas esparramadas, além de não haver uma palavra da sua parte". A fulana nem quis mais ouvir. Começou primeiro por dizer que era sempre a mesma coisa, que primeiro era sim, mas que depois era não. Depois que aquele lugar onde ela tinha a moto era um lugar morto e que portanto podia pôr a moto lá porque o espaço era do prédio (espaço que pertence, efectivamente ao meu estacionamento. Louca, portanto.). Depois, como não tinha argumentos, disse que se quiséssemos, tiraria dali a moto e, fecha a porta na cara. Uma educação, exemplar. Nem menciono os gritos que largou. Conclusão da história: primeiro, não assumiu que tinha errado. Segundo, retirou a moto e pôs no espaço que lhe pertencia, mas em contrapartida, agora, põe o carro metade dentro do estacionamento, metade fora. Quem entra, tem que se amanhar (não me transtorna porque senão, tinha que voltar a levar comigo). Não contente, quando me vê, vira-me a cara. Oh oh, é por onde durmo melhor.

12 comentários:

  1. A tua vizinha não tem é educação nem tão pouco a noção do que isso é!
    Existe gente muito mal formada e abusada, isso sim! Haja paciência!
    Beijocas nossas ;)

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  2. Ou seja, LATUDA !!
    Arre...Que eu passava-me com essa senhora, que abuso!
    Ao menos nem um obrigada, mesmo depois de tudo.
    Isto realmente... as pessoas não aprendem mesmo !

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  3. Olá..acho que lhe deves oferecer um bom frasco de pimenta, pelo Natal. um abraço. beijos

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  4. Agora que já não tens lá a moto 4: eu tenho umas caixitas, poucas, sem lugar para arrumar. Será que posso utilizar o teu espaço só por uns diazitos, posso? Obrigado.

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  5. Vizinhos loucos, como te compreendo...Por isso sempre digo que há gente que devia estar proibida de viver em sociedade já que se comportam quais bestas!

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  6. oh que vizinha LOUCA e mal educada!!! qua paciência!!!

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  7. Gentinha sem princípios e valores. Abusadoras. Que raiva!
    Ai que eu fico possessa quando as pessoas abusam. Possessa!!!!!!
    Por acaso, tenho um post no meu outro blog, sobre a minha garagem e as pontas de cigarro que, de repente, começaram a aparecer mesmo em frente e só no espaço da minha porta.
    E vou agir.

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  8. Desculpa??!! tas a gozar.... Bitch!!!

    Paulinha

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  9. Pobre e mal agradecida, como é que é possível?

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  10. Karochinha,

    Realmente, quando se mora num prédio não se escolhe vizinhos. É o que é. É mais ou menos como a família do marido e até a nossa mesmo. ;)

    Palavra,

    Elas não aprendem. Mas eu aprendi. Aprendi que da próxima vez (se houver) é logo não. Pronto, assim não há chatices. :)

    Inês,

    Mesmo!! ;)

    apenas umas palavras,

    Achas que vou gastar o meu dinheiro com essa pessoa?! Livra! ;)

    Yellow,

    Para os amigos, sempre! ;)

    Enfant,

    Não podia estar mais de acordo. ;)

    Maria,

    Mesmo! ;)

    cantinho,

    Uma falta de tudo também, a tua situação. :S Boa sorte. ;)

    As duas na letra,

    Antes fosse. ;)

    Sónica,

    É pois. Infelizmente. :S

    Abracinhos

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  11. Há sempre um maluco, pelo menos, em cada prédio. No meu caso é o vizinho de baixo, estou a considerar interná-lo.

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