segunda-feira, 3 de junho de 2013

Começar bem a semana é:


Ires levar uma certa Zunfinha à escola, descer - de carro - a rua tranquilamente, parar na redonda e, e assim num ápice - porque parecia um foguete os acontecimentos vividos ali, naquele momento - dás com tiros, aparato policial a invadir a dita redonda, pessoas a pé paralisadas com aquilo tudo, carros parados, uns porque remédio tinham senão estarem parados para esperar pela sua vez para prosseguir caminho, os outros, os outros era por pura cusquice. Mediante tal cenário onde tudo te passa por milésimos de segundos pelos olhos, vês um carro branco a vir direito a ti, mas no meio daquele stress todo tens a sorte que passa rentinho, rentinho, e vai contra não-sei-o-quê - sinceramente? Nem interessou ou interessa -, e vem uns policias esbaforidos ter com o fulano e outro ter contigo. Perguntam se estás bem, respondes estupidamente que sim. Nem sabes porque respondes que sim. Talvez o que querias era sair dali o mais rapidamente possível. Daí o sim, talvez seja isso, já nem sabes o que escreves, essa é que é essa. O policia olha para dentro do carro e vê a Zunfinha. Certifica-se mais uma vez que está tudo bem convosco e manda seguir. Olhas para trás e vês a Zunfinha alheia ao mundo com os seus cromos e a caderneta do momento. Pensas para o teu decote: "as crianças são fantásticas, de facto. É nestas e noutras alturas que gostavas de ser criança novamente." Prossegues caminho, nervosa, bastante nervosa, mas o que queres é sair dali e é isso que fazes.

Realmente, nada acontece por acaso. Tudo acontece na altura que tem que acontecer. Para o bem, para o mal. Não haja dúvida que o nosso problema é não estarmos atentos aos sinais.

11 comentários:

  1. Incrível, o que aqui escreveste!
    Essência, ainda bem que a Zinfinha estava "na dela". Caso contrário seria muito complicado.
    Imagino o teu nervosismo.
    Sabes que eu, quando sinto uma ambulância atrás de mim, ou se escuto o som dela e não a vejo, fico sem saber o que fazer?
    Imagino nesta situação.
    As coisas acontecem,mesmo,quando têm de acontecer, mas há sinais, também, que nos passam ao lado, isto é, são tão comuns que nos esquecemos que podem ser importantes.
    (faz com que a Zunfinha leve sempre algo no carro que a distraia do que se passa fora do carro).
    Beijinho

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  2. Eu acho que quando não é a nossa vez, não é mesmo. E só ligo aos sinais depois deles acontecerem...muito mau!
    As crianças lá no mundo delas é que são felizes, passa-lhes ao lado, e como eu costumo dizer: a ignorância é a felicidade dos burros!
    Mas tu não ganhaste para o susto hein? Eu cá iria toda a tremer!
    Abracinho

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  3. ...o determinismo é tramado, não é?

    :)

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  4. Ainda bem que a pequenina nao deu por nada...

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  5. Bolas, parece que estavas no meio de um filme de acção! Mas a confusão diária no trânsito costuma ser tanta que talvez por isso os miúdos a ignorem por completo por já estarem habituados!

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  6. olá, belo susto, mas ainda bem que tudo terminou bem. tens aí um tesouro, é o que é. beijos para ti e para a GRANDE Zunfinha

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  7. Já passou :)
    E a tua Zunfinha é um espetáculo!

    Beijo doce xxx

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  8. Obrigada pelos comentários. O susto já passou. :)

    Abracinhos, muitos!

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  9. e às vezes os sinais são assim esfregadinhos na nossa cara e nós nem damos conta...enquanto que as crianças só vêm coisas tão boas!
    Ainda bem que está tudo bem com vocês, possas...imagino o teu susto!

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