É verdade, passaram mais de 3 meses. É verdade que já estava a dar em doida. É verdade também que no meio de tanto azar até tive episódios bastante caricatos. Confesso que sim. Também confesso que no meio de tantas tontarias-stress-choro-desespero-e-afins que vou ter algumas saudades desses momentos, mas só mesmo desses. Porque do resto... e agora? Perguntam vocês, quais momentos foram esses? E a Essência responde! Os momentos em que ia e vinha de táxi com o mesmo taxista. Sim, nas viagens andei praticamente com o mesmo (salvo algumas excepções). Também só vos digo que os outros dois que me calharam na rifa eram de chorar a rir. É que venha o Diabo e escolha. Porém, desde as histórias corriqueiras do dia-a-dia do senhor taxista ao estado emocional vá, também o sentimental. Só vos digo, nos 20 minutos de viagem de casa/fisioterapia (posteriormente hospital) e depois o retorno a casa que aquele táxi virava num ápice um autêntico confessionário. Com muitas risotas pelo meio, pois o senhor era muito castiço. E pronto, o senhor devia achar que eu tinha cara de madre ou lá o que lhe valha pois sentia-se tão à vontade em falar de si que enfim, só me restava ouvir...
Nestes 3 meses, desde a fisioterapia até ao hospital, tenho um rol de situações tão variadas que acho que o post iria ser um autêntico testamento. E quem viesse ler desistia logo no 5º parágrafo. E como sou vossa amiga e zelo pelos vossos olhinhos e tudo mais (não que as histórias não fossem castiças) não! Muito pelo contrário, mas apetece-me abreviar este post e ir ao foco que me trouxe aqui a escrever. Talvez porque apesar das coisas engraçadas que tive também tive outras menos boas e de facto é um assunto que quero encerrar. Porém não podia fazê-lo sem antes deixar no blog textualizado este post com situações muito pontuais mas que têm a sua devida importância. As outras tantas ficam pelo caminho na minha memória. Não podia também deixar de fazê-lo por mim e até por vocês que acompanharam esta fase menos boa da minha vida e tiveram um contributo muito significativo nela. Por isso termino a agradecer a todos vocês que sempre tiveram uma palavra simpática para comigo. Em que mesmo num post em que o que escrevia nada tinha haver com o tema do meu estado, vocês perguntavam sempre como me encontrava. Os e-mails que recebi tão gentis. Os miminhos deixados na caixa de correio. Enfim, nem tenho palavras para tanto carinho, sinceramente. Um muito obrigada do fundo do coração. Pois cada gesto vosso está aqui registado.
Remato portanto o post com: já dou o ar da minha graça aos quatro ventos por aí... com as minhas pernas!! Estou bem e já retomei o meu dia-a-dia normalmente.
Um bem haja a todos.
