terça-feira, 26 de maio de 2009

Ai Senhores pais!

Bem, já é a segunda vez que vão à mala da minha filha na escola. É verdade!
Já ando pelos cabelos com a falta de civismo e de educação dos pais que têm os seus filhos na mesma escola. Primeiro foi um biberão, agora foi o maiô do ballet. Da próxima, o que será?!

A primeira vez que aconteceu foi com o biberão. Fiquei chateada, falámos com quem era de direito, educadora, auxiliar. Apesar de ser um biberão, obviamente que demos a devida importância, não pelo valor do biberão  mas pela atitude! Faz-me espécie como é que podem existir pais que aceitam em suas casas objectos que não sejam seus e de seus filhos. Estamos a falar de um biberão  algo muito pessoal de cada bebé. De facto faz-me muita confusão.
A educadora na altura que falámos com ela, assumiu o seu erro de não saber em que mala tinha colocado o dito biberão  e que pagavam o prejuízo causado. Mas na altura relevámos, porque a minha filha tem ou tinha dois biberões e como estamos a ver se ela deixa o hábito de beber pelo biberão decidimos não comprar outro para depois a instituição pagar! E na altura, elas disseram que iam tomar mais atenção.
Pois um mês depois foi o maiô que ela leva todas as quintas-feiras para ter a aula de ballet. É verdade, não é a história da carochinha que estou para aqui a contar. É verídico! Aqui não houve contemplações  Nem podia! Fomos falar com a directora da instituição. Por tudo. Para que de facto tomassem as devidas precauções, para chamar à responsabilidade quem devia ser chamado e para darmos a conhecer o nosso descontentamento  já que é bastante desagradável esta situação. No meio de 50 a 60 crianças irem sempre à mala da minha filha. É demais! Como pode haver pessoas (pais) que se dão ao trabalho de irem à mala de uma criança para roubar para o seu filho. Porque foi isto que se passou. Porque a auxiliar diz que pôs o maiô na mala e quando cheguei a casa e fui buscar as roupinhas para as pôr a lavar não estava lá nada. Até comecei a rir sozinha. Porque de facto, não queria acreditar. Dei-me ao trabalho de ir novamente à escola falar com a auxiliar, porque já não estava a educadora nem a directora. A rapariga nem sabia onde se havia de meter. Dei-lhe a conhecer o meu desagrado, por toda esta situação e por não ser a primeira vez. Disse que como era óbvio não iria ficar no prejuízo e queria a situação resolvida. Porque de facto as coisas tinham ido para lá e ela efectivamente tinha vestido e feito a aula, só que já não teve retorno! E como é lógico não sou eu que vou ter que pagar pelo roubo dos outros. Ela prontificou-se logo a dizer que iria arcar com o prejuízo, mas eu disse-lhe que só isso não chegava. Alguma coisa tem que ser feita! Não se pode fechar os olhos para uma situação destas. Porque é alguém que se aproveita da falta de zelo dos profissionais daquela instituição e furta o que quer. E por azar, pela segunda vez, o alvo foram as coisas da minha filhota. Irra, aja sorte! O que foi avisado lá na escola à directora foi que, ou ela abre os olhos e vê o que se está a passar e toma mais atenção às saídas ou nós tomamos outras medidas, porque não vamos compactuar com estas situações. Mesmo sendo coisas pequenas é roubo. E alguém está a aproveitar-se da situação. Da próxima vez que acontecer, se acontecer, vamos chamar a polícia. Independentemente de ser um valor alto ou não. Mas ao menos um susto irão apanhar e vão ver que as pessoas estão fartas desta vergonhosa situação. Bolas, estamos a falar de uma creche!
Vejam lá que quando falámos em polícia, a directora ficou aflita. Claro, acima de tudo é um negócio. Mas nós fomos muito concretos e directos. Têm que resolver de uma vez por todas esta situação no sentido de perceberem de onde e quem anda a ter este tipo de comportamento e fazer com que as suas funcionárias tenham mais atenção com os objectos das criancinhas.
Por causa destas situações agora tenho que ir todos os dias ver a mala da minha filha para ver se não desapareceu nada. É muito triste este tipo de situação. Fico passada com tudo isto. Como é possível?
De facto há coisas impressionantes e pessoas impressionantes. No verdadeiro sentido da palavra.
É que às crianças dá-se o devido desconto, nas idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos. Agora adultos? Que exemplos dão em casa aos seus filhos? Como podem educar com esses hábitos? Querem fazer vista com as coisas alheias? Assim é muito fácil. Aproveitarem-se das coisas dos outros e das situações que a própria instituição dá para que estes tipos de roubos se façam. É uma vergonha.
O mais revoltante, é pagar e não se ser servido adequadamente e em segurança. Quando não se paga temos que nos sujeitar ao que há! Agora, quando pagamos um serviço temos toda a legitimidade para querer um serviço de excelência, principalmente quando a própria instituição é a primeira a dizer que tem esse mesmo serviço. Lá está, é tudo negócio, mas não nos podemos esquecer que estamos a falar de uma creche que por acaso, quem está lá são crianças, a minha e de outros pais.

Seja privado seja pública, não há hipótese, a má formação e a boa formação é que marcam a diferença!

1 comentário:

  1. Não calar esse abusos. Fazes muito bem. No teu lugar se tivesse filhos fariaa mesma coisa. È por voltar as costas para estas situações que estamos como estamos!

    De alguém que te observa sempre!

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