quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Mais que uma conversa de decote

O que fazemos com as coisas que nos magoam? Pomos de lado. Ao lado de quê? Da borda da vida. Consegue-se? Consegue-se, verdadeiramente? Consegue-se por momentos, por meses, por dias ou por horas? Talvez se consiga num desses períodos. E nos outros? Quando vêem à tona, o que se faz? Ignora-se ou enfrenta-se de frente? Podemos ignorar nas tais horas, nos tais dias, nos tais meses, podemos, mas não para sempre. Há uma altura em nós que o nosso próprio intimo, a nossa própria consciência pede resoluções. Pede. Mais que pedir, exige! Não há volta a dar. Só se voltarmos ao mesmo ciclo, mas até os ciclos precisam de renovação. Até os ciclos precisam, e quando assim é, enfrenta-se, ponto.

9 comentários:

  1. Costumo comparar as coisas mal resolvidas na nossa vida à situação de atirares roupa desarrumada para dentro de uma gaveta esquecida e anos mais tarde, quando a abrires, esperares encontrar tudo arrumado...Não vai estar.
    Acredito que sempre que tivermos coragem para o fazer, devemos resolver o que há para resolver. Algumas coisas são muito complicadas, mas por mais difíceis que sejam as decisões, a paz de espírito posterior, normalmente compensa!


    Beijo ;)

    ResponderEliminar
  2. Só há duas opções para as feridas, ou saram e esquecemo-nos delas, ou então continuam abertas, doendo muito ou pouco, mas doendo e mantendo-nos alertas e preocupados. No último caso, a questão que se coloca é como as vamos sarar ou se podem as mesmas sarar, quanto tempo demora, que processo aplicar!

    ResponderEliminar
  3. Eu não consigo ignorar. Enfrento e falo e depois sim, meto para a borda...mas geralmente não esqueço!

    ResponderEliminar
  4. Quando alguém nos magoa sem sabermos o motivo que levou à ferida, leva tempo , muito tempo a sarar, mas consegue-se.
    Depois, quando se olha para trás e se percebe que afinal aquele alguém era um "cancro" na nossa amizade e que conseguimos superar esse mal, a paz e a tranquilidade é a nossa aliada.
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  5. Há coisas que nos magoam que temos de enfrentar de uma vez ou corremos o risco de serem cada vez mais dolorosas.

    ResponderEliminar
  6. Com as coisas, eu enfrento. O problema para mim são as pessoas que me magoam e depois viram costas...não me adianta nada querer enfrentar essa pessoa se ela se recusa aolhar-me de frente. A minha ferida fica aberta. A gaveta fica aberta e desarrumada. Dependendo da importância dessa pessoa para mim...há gavetas que já fechei há muito, outras permanecem abertas e desarrumadas...à espera que a pessoa me olhe de frente, não falo com ninguém de costas para mim.

    ResponderEliminar
  7. Respondo apenas à tua primeira questão, que aborda "coisas" ao invés de "alguéns", logo, quando algo (e atenção que este algo pode ser atribuído a ambas) me magoa, simplesmente não o uso mais, poderá ferir-me de novo, mais do que lógico. Não sem antes, se a mágoa chegar de "alguém" simplesmente dizer o que se passa e afasto-me.
    Como tu bem me escreves-te um dia, o tempo cura qualquer ferida, não a faz desaparecer mas cura, ainda que demore e pareça uma eternidade.

    Mimos ;)

    ResponderEliminar
  8. Nunca se volta ao mesmo ciclo, não é verdade que se cometam os mesmos erros. Cada segundo que passa, tudo fica diferente... Sobre as feridas, encare-se com orgulho todas as nossas cicatrizes, são o testemunho de que todas sararam...

    Beijo

    ResponderEliminar

"Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo".♥ - Fernando Pessoa

A essência que queres partilhar comigo é?...