Conheço alguém que em conversa saiu-se com esta: "se viesse a interessar-me por alguém e descobrisse que essa pessoa fumasse, deixava-a." - Bom, na altura que ouvi tal coisa, da forma como foi, o tom que foi, disse-lhe somente que, nem sempre aquilo que pensamos depois, acontece verdadeiramente. E, uma coisa é falar assim, aqui, outra, bem diferente, é viver as coisas, sentir as emoções, sentir os sentimentos à flor da pele. Também não temos nenhum interruptor que simplesmente liga e desliga (apesar de haver pessoas que parecem que o têm. Lá está, parece...). Portanto, era bom era, era bom sermos senhores de tudo. Ora que não o movi de tal frase tão cheia de si. Passou-se uns meses... Reencontrei-o. Estivemos juntos. Não só os dois, mas os três. Eu, ele, e a namorada. Estávamos no café, ela descontraidamente, na sua pose tão sua, saca de um cigarro e acende, ali, à nossa frente. À frente dele. Que pelos vistos, era-lhe já familiar tal gesto. Era-lhe familiar tal momento de prazer dela. Não me contive e disse-lhe entre sussuros: "lembraste da nossa última conversa? Aquela conversa tão cheia de atitude. Aquela conversa tão cheia de convicções e todas as certezas do mundo? Pois bem, o que me dizes agora? Baixou os olhos e baixinho (como se quisesse que ela não ouvisse, mas ela estava alheia a tudo. Estava no seu ritual) sussurrou também: "depois de a conhecer, e perceber que estava apaixonado, e deparar-me com esse «defeito», já não tinha como voltar a trás. Já gostava tanto dela... E como me lembrei da nossa conversa..." - Perante tal mudança de discurso, de postura até, só consegui dizer (talvez para não bater mais no ceguinho): " pois, e não é que o peixe morreu pela boca (literalmente!)."
Às vezes mais vale estarmos caladinhos ...
ResponderEliminarO que é que fumar ou não fumar diminui ou acrescenta à essência de alguém?
ResponderEliminarAs posturas radicais sempre me fizeram ferver o sangue.
Bom dia:)
ao protagonista da história faltava-lhe experiência. a partir de agora, é possível que venha a perceber que não há necessidade de radicalismos. boa semana. :)
ResponderEliminarÉ sempre assim, até porque as pessoas mudam :)
ResponderEliminarPor outro lado ainda vai a tempo de a convencer a deixar o vício!
ResponderEliminarGeralmente é sempre assim, quando se cospe para o ar, a coisa acontece...
ResponderEliminarQuando se ama...não há fumo que nos perturbe!
ResponderEliminarBeijos do meu jardim
O velho ditado "nunca digas nunca".
ResponderEliminarMiss Purple,
ResponderEliminarÉ não é? ;)
Suricate,
Bom, até consigo entender que quem não fume estar com alguém que fume acabe por causar algum mal estar, no sentido do cheiro, hálito até, mas se está, no fundo é porque gosta da pessoa e isso, acaba ou acabaria por ficar para secundário. Digo eu. Senão, que sentido faz, ou fazia? :S
desabafos,
Concordo. ;)
Na província,
É suposto que assim seja., pelo menos. ;)
Enfant,
Risos... sim, é o lado bom da coisa. :D
Sónica,
Oh, oh! ;)
Herculano,
Pois, fica para segundo plano, como disse no comentário de cima. :)
cantinho,
Reticências. ;)