segunda-feira, 28 de abril de 2014

A tecnologia, consegue supre-pôr os laços afectivos?

Neste fim-de-semana que passou foi o casamento. Finalmente o casamento. Ao contrário do que tinha escrito no post sobre o mesmo, foi super tranquilo escolher o modelito e afins para o evento. Os cabelos então, mais fácil, impossível. Tirando o frio e a chuva, foi tudo cinco estrelas. A noiva estava noiva, assim como o noivo estava noivo. O ritual não fugiu muito do patrão modelo. Tanto que as mesas onde as pessoas estavam sentadas eram mais do mesmo, pessoas que se conheciam (é o esperado), ou minimamente (nem que seja por um dia, como foi o caso. O dia da despedida de solteira. Metade da mesa estava nestes moldes, pelo menos). Entre um prato e outro, entre uma garfada e outra, entre um gole e outro, as pessoas, ao invés de socializarem-se entre elas, estavam mais focadas em socializar com o telemóvel. Com todo um mundo paralelo ao que estavam naquele momento. Fez-me espécie. Fez-me muita espécie, confesso. Assistir àquilo ali, tão de perto, fez-me muita espécie. A minha amiga que se encontrava a meu lado comentou isso e eu, não pude dizer o contrário. Era notório. Era notório para mim, era notório para ela e para quem mais observasse. Mas, não era a única mesa nesses preparos. Outras estavam iguais. As pessoas estavam tão absorvidas com aquele brinquedo que esqueceram-se do resto. É chato. É estranho. É uma falta de educação. É uma falta de tudo. Penso que há tempo para tudo. Penso que há sítios para tudo. Penso que, essencialmente, as pessoas têm que ter dois dedos de testa e tocarem-se (entenda-se, terem bom senso). Mas isto sou eu que tenho esta óptica apesar dos meus tenros anos de estrada.

Além do título, mais uma vez volto a questionar no meu íntimo (como se não quisesse crer): a tecnologia, consegue supre-pôr os laços afectivos?

10 comentários:

  1. Não sei se é mania, se é vício ou é moda, mas muitas vezes as pessoas só fazem para mostrarem que têm, que são sociais (porque quem não tem trombasbook é um bicho do mato) e que têm sempre algo para escrever. Não interessa o que se vive e está a viver, interessa sim mostrar isso aos outros, passar a mensagem é que é importante!

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  2. Quando e se se "supre põe" não são laços afetivos...

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  3. Isso faz-me cá uma confusão...às vezes penso que eu é que sou retrógrada mas há valores que não dispenso.

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  4. a tecnologia é o ombro de antigamente; mais asséptico , vá lá. se calhar é disso que as pessoas gostam.

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  5. As pessoas já acham tão normal que se esquecem do lugar onde estão, do evento, de tudo.
    Odeio!
    Mando a boca, quando isso acontece.
    Aqui em casa, já disse que não quero telemóvel e pc quando estamos a almoçar.
    São importantes estes pequenos momentos que tenho com os meus.
    Beijinho

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  6. A começar não se usam telemóveis à mesa... depois, mesmo que se queira espreitar é discretamente.

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  7. Cada vez mais a tecnologia bloqueia que em eventos destes as pessoas convivam e conheçam outros. Antigamente viam-se obrigados a socializar e até conheciam gente bastante interessante, agora fecham-se em copas e ficam-se pelo facebook e os amigos adquiridos através de likes. Enfim...faz confusão...muita

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  8. Infelizmente é o que tem acontecido... e quando nos deixamos envolver é uma treta!
    Eu bem tento, quando estou com amigos e família, não mexer...mas às vezes lá vai uma foto pro instagram ou um comentário pro facebook... mas prefiro e afirmo, o contacto pessoal :)

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  9. Miss Purple, tirar uma foto, espreitar o telemóvel, ocasionamente, também o faço, até porque já aconteceu esquecer-me dele na carteira e só à noite me lembrar dele e verificar que tinha chamadas.
    Mas há pessoas que exageram.
    Isto, e estarmos num restaurante e os homens vêem o futebol, os filhos brincam com os telemóveis, tablets e tudo o mais que eu não entendo porquê, as mulheres conversam e/ou estão ao telemóvel.
    Se isto é conviver, então que se fique por casa.
    Beijinho

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  10. Enfant,

    Assusta-me pessoas assim, que vivem da imagem e pela imagem. :S

    Suricate,

    E com esta resposta deixaste-me a pensar e a levar para outras situações. Responderei a este comentário com um post. ;)

    Sónica,

    Ainda existem os "dinossauros", ;)

    desabafos,

    Será?... ;)

    cantinho,

    Em casa, sempre podemos contornar. Na rua, depende, essencialmente das bases que se tenha e que essas façam prevalecer tudo o resto.

    Vee,

    Princípio que nem sempre prevalecem. ;)

    Nada,

    Trocar a realidade da virtualidade. Há quem se sinta mais confortável. Porque será?... ;)

    Miss Purple,

    Hum... és das que fazem parte da massa, estou a ver. ;)

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