quarta-feira, 5 de março de 2014

Ficas a saber verdadeiramente que aquela amiga que julgavas amiga, afinal é mas é amiga da onça...

... Após ficares mais de seis anos sem ter contacto com essa pessoa. Aquele contacto mais próximo de cumplicidade que os amigos têm, e de repente, num belo dia de sol, recebes uma mensagem dessa «amiga» a convidar para almoçar ou lanchar. Olhas para a mensagem e pensas: "humm... o que esta quer? Enganou-se no destinatário, só pode!". - Não te inibes de passar o que pensas por palavras ao responder e, sensatamente, preferes um lanche. Afinal a cumplicidade já era, e agora é nada mais nada menos do que uma mera conhecida. Não só pela ausência, mas por tudo o que está nos entretantos desses seis anos que passaram... Contudo, a pulga fica ali a fazer mossa e saber o que levou aquela mensagem após tantos anos de ausência fala mais alto. No entanto o sexto sentido estava em alerta (bem dito, bem certo). Vais. Reforças o teu espanto para aquela mensagem e recebes um sorriso amarelo de volta juntamente com aquele olhar de carneiro mal morto. Tudo aquilo não fazia sentido. Ali na presença dela então, mais reforçada a ideia estava. Nisto, conversa vem, conversa vai, percebes que aquele lanche era nada mais nada menos do que um engodo. Um verdadeiro engodo. Era um tentar tirar nabos da púcara mais deslavado que se pode imaginar. Tudo para querer saber da tua vida. Como está e como deixa de estar. A querer saber sobre alguém que por acaso é comum. Pois lixou-se. Lixou-se porque foi com o intuito de tentar tirar nabos da púcara alheia, mas acabou com os nabos da sua púcara defraudados. Quando se é amador é assim. Foi para aquele lanche com uma mão cheia de tudo, cheia de certezas para o que ia e saiu dele com uma mão cheia de nada. Em contrapartida, o outro lado foi com uma mão cheia de nada e veio com as mãos cheias de tudo. Pois induziu e conduziu a conversa a seu belo prazer. Oh, assim nem dá piada, nem pica. Valha-se-me...

E assim ficamos a saber quem nos rodeia. O que as move. Porque as move. Assim constata-se mais uma vez que a nossa vida, faz comichão a muito «boa» gente. Que bela chapada de luva branca se dá. Lava-se a alma.

8 comentários:

  1. É isso mesmo, lava-se a alma de vez em quando e fica-se com ela limpa, livre e leve. Costumo dizer que já nada me espanta nem admira no ser humano.
    Beijocas ;)

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  2. Nem de propósito, recebi há uns tempos um telefonema de uma 'amiga' com quem não falava há 2 anos e claro que não me ligou para saber se eu estava boa, queria um favorzinho. No entanto, em cinco minutos de telefonema quis saber se estava solteira, casada ou viúva, se vivia na mesma casa and so on. Com alguma habilidade, consegui dizer-lhe uma mão cheia de vacuidades e ela ficou a saber o mesmo que antes...mas a atitude era muito curiosa e semelhante a essa que descreves!

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  3. Até é bom que ás vezes elas apareçam para percebos que afinal não nos fazem falya nenhuma!
    *

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  4. Ainda tiveste uns belos "tomates" eu afasto logo e nem dou azo mais nada.

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  5. Sou ingénuo ao pensar que essas coisas só aconteciam quando se era criança. Cada dia que passa dou conta que estou totalmente errado e que provavelmente devo ter criado um mundo onde estou lá eu, mundo esse completamente diferente do que está lá fora. O mundo do não me chateiem. E não não sou antipático simplesmente não gosto dessas coisas :)

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  6. As pessoas são realmente "nabos".... realmente, passados 6 anos lembra-se do nada?
    Aiai...tão triste ter de passar por isso!

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  7. Eu gosto é quando as ditas "amizades" se lembram de mim apenas para pedir um favor. É um consolo! Assumo que nestas situações sou "mázinha".

    :)

    Beijo

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  8. Karochinha,

    Infelizmente concordo. Nada me espanta no ser humano. :(

    hierra,

    ;) Ficaste de alma leve, com certeza!

    Tânia,

    Não diria para perceber se fazem falta, pois se em 6 anos de ausência nunca fez, não é agora que vai fazer diferença, mas sim antes perceber que afinal não é amiga não é nada. Porque às vezes, a ausência não é sinónimo de mau carácter, mas sim vidas que se têm, apesar que eu sou da opinião de que as amizades são como as relações, se não for construída mutuamente, e, "regada", morre, assim como as plantas. No entanto, por vezes as vicissitudes da vida dão-nos estes desafios e cabe às pessoas saberem gerir o que lhes é posto em mão. Quando descambam é porque tinha que ser e é um sinal. ;)

    Sónica,

    A vida tem me ensinado que por vezes é necessário alguns sacrifícios para saberes exactamente o que procuras, e para não tirares conclusões precipitadas. Sem fretes e sem máscaras. Depois de ter as confirmações, se achar que não vale a pena, excluo da minha vida. ;)

    Leitor,

    Também já fui assim, deixa lá. ;)

    Palavra,

    Não foi do nada. Ela lá tinha um propósito. O propósito que achava válido e consistente o suficiente para se sujeitar a uma situação destas. ;)

    NI,

    Pois, nesse campo ainda não aprendi bem a lição. Ainda sou muito coração mole. Mais uns anos de estrada e chego a esse patamar. ;)



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