quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Banalização

O sexo está muito fácil, muito banal até. Beijar na boca então, nem se escreve... as alianças para quem as tem, vão direitinhas para o bolso quando assim convêm. Elogiar é mais de boazona para cima. Namorar, oh céus! O que é isso? Isso é para pessoas sem noção. Então se fizerem aquelas coisas que só os apaixonados fazem, habilitam-se a serem internados. Se for para a secção do amor, bom, diria pelo encandeamento de raciocínio que é uma autêntica perda de tempo. Pois hoje são apontamentos muito lamechas, muito ridículos e outras coisas que tais... e com isto concluo sem a menor dúvida, que o ser humano (generalizando) fez perder o encanto e a magia das coisas tão simples e singelas para algo futurista que nem elas próprias, às tantas, sabem bem no quê. Foram, foram no embalo dos tempos modernos e quiserem tentar alterar o que nunca deveria ter sido alterado. Porque a essência desses apontamentos só fazem sentido quando são originais e não quando são adulterados. 

10 comentários:

  1. Expressão de uma sociedade consumista onde tudo o que interessa é a quantidade e nunca a qualidade, não há tempo a perder, não há ar a ser respirado, corre-se de um lado para o outro e só quando se para, porque a isso se é obrigado, é que se reconhece o que se perdeu, o que não se fez e a loucura que está instalada no geral.

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  2. Eu sou da "escola antiga", essas modernices acho uma trampa...esforço-me sempre por manter a minha ideologia, nem sempre é fácil e às tantas fico saturada, mas não desisto!
    Internem-me vá ;)

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  3. Oláaa.
    Finalmente a minha tendinite melhora e deixa-me vir aqui comentar como deve ser.
    Concordo contigo. Está demasiado banalizado e isso é visível nas idades mais jovens.
    Beijocas.

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  4. Infelizmente é verdade, as coisas são banais...os ditos sentimentos parecem já não importar...ser original...ser exclusivo já não está na moda. Mas ainda há boa gente...espero eu...verdadeiros apaixonados

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  5. De acordo.
    E pouco irá mudar nos próximos anos.
    Romântica que sou e por mais retrógrada que posso ser, gosto de partilhar carinhos, sentimentos na discrição de um cantinho, sem provocação a quem passa ou comigo convive.
    Hoje, salvo raras excepções faz-se para mostrar-se que se tem...
    Beijinho

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  6. Segundo Mário Zambujal, havia um tempo em que havia tempo. Até se escreviam cartas de Amor. Hoje, vive-se na vertigem dos momentos, na ânsia e na sofreguidão como se tudo fosse acabar amanhã. Mas... e se acabasse? Não seria mais bonito assistir ao final dos tempos, de mãos dadas e cabeças encostadas?

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  7. Enfant,

    E não é assim que o ser humano vai? Até ao limite? Por norma temos tendência de ir ao limite, ao extremo e, depois dos estragos feitos é que pomos as mãos à cabeça e gritamos "e agora?" - Não aprendemos em relação isso (entre outras coisas).

    Sónica,

    Entendo-te. Mas o esforço, convém ser mútuo para que depois, quando pensas nesse assunto o pensamento que se segue na tua mente não seja o que escreveste " (...)nem sempre é fácil e às tantas fico saturada (...)".

    O blog da S.,

    Penso que nos dias de hoje não tem propriamente haver com a idade mas sim a sociedade.

    Folgo em saber que te encontras melhor.

    Nada,

    Esperemos que sim. Esperemos que sim...

    S*,

    Timidez a mais neste campo não abona muito a favor da pessoa. Pois quando o assunto é "casal", a timidez torna-se um empecilho.

    cantinho,

    Entendo-te e concordo com o teu raciocínio. Hoje dia em dia vê-se muitos casais a agirem como se tivessem entre 4 paredes. Como se lhes fizessem bem ao ego exibirem-se ao mundo as suas intimidades. Há coisas que de facto me transcendem e esta, é uma delas.

    Yellow,

    Pelos vistos não. Porque este cenário idílico que descreves para os casais de hoje em dia, é patético! E eles fogem de tudo que seja patético. Só que patéticos são eles! Patéticos em adulterarem a ideologia da relação.

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  8. Como disse o Chris Isaak, e eu cito com toda a convicção: "nobody loves no one"! :-(

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"Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo".♥ - Fernando Pessoa

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