sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Algumas das abordagens dos dias de hoje

- Não gosto da abordagem que agora os funcionários têm nas bombas de gasolina. Uma abordagem agressiva. Uma abordagem sem chá algum. Mal vêem o cliente à sua frente e começam logo a disparar o discurso que têm decorado (parece, pois vai tudo a hei-to). Ele é perguntar se quer a promoção do dia. Ele é perguntar se tem ou quer o cartão dos pontos. Ele é perguntar se quer factura. Só me fizeram isso a primeira vez. Agora é dizer o que quero, a quantidade que quero, entregar o cartão, dinheiro, o que for na altura e, olhar bem séria para a pessoa que está à minha frente e dizer-lhe em bom português que é só! Eu até percebo que estão a cumprir ordens dos patrões e tudo mais, mas caramba, é um bombardeio incrível! Mas será que quem manda nesses estabelecimentos, quem manda essas pessoas fazerem isso, ainda não se deram conta que isso afugenta os clientes? É que pode cair um, dois, três clientes, mas os restantes, não sei não... Comigo, não funciona. Não gosto de me sentir coagida. Não gosto de me sentir (quase) na obrigação de comprar algo que estão ali, a impingir. Era o que mais me faltava agora.

- Vamos a passar na zona dos restaurantes. Se por acaso se pára para ver, sei lá, o preçário, ou outra coisa qualquer que chame a atenção, pronto, têm-se logo ali algum funcionário a convidar a entrar, a explicar os menus do dia, ou a ementa. Caem assim de páraquedas à nossa frente sem sequer pedirem licença. E são chatos. E são persistentes. São extremamente incomodativos. Irrita-me. Já aconteceu deixar de entrar (quando fui com esse intuito) por causa dessa excessiva "simpatia". O mais surreal ainda é estar somente a passar à frente de um restaurante, e se o funcionário estiver (que está) à porta, convida logo a entrar. É que marcha tudo. Quem passa. Quem pára. Tudo. Comigo não vão longe. Não vão não.

 Acho um erro de marketing gigantesco. Quem teve estas ideias para lá de fantásticas, que parece ser viral, pois muitos, muitos restaurantes e bombas de gasolina adoptaram, deve ter sido após uma diarreia mental. Só pode.

9 comentários:

  1. Parece que agora esse tipo de marketing se tornou moda na maioria dos estabelecimentos…
    Vou aos CTT e perguntam sempre se não quero uma lotaria…
    Vou ao continente, perguntam se já tenho a revista…
    Nas bombas e restaurantes é o que referes aqui…
    ….não sei se já alguma vez viajastes na Ryanair , aí então é de ir às lágrimas!!!
    E aquelas chamadas telefónicas, recebidas já fora de horas, de tudo o que se possa imaginar!!! (para esses mudei de numero e pu-lo confidencial porque já não suportava! )
    Tenho pena, muita pena mesmo destes funcionários, porque estes sim, não é por gosto que o fazem mas porque são coagidos a fazê-lo e é uma forma de assegurarem o seus postos de trabalho!!
    Bom fim de semana :)

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  2. Para ir a uma zona mais sossegada perto do meu trabalho, tenho de passar numas ruas turísticas bem no centro de Berlin. Aqui, parte dos restaurantes, há funcionários na rua a interpelar toda a gente, em diferentes línguas e se quiseres passar, tem de ser entre eles e o restaurante que apregoam. Muito irritante.
    Já quanto às bombas de gasolina e e cartao de supermercado, nao tenho carro e nao há cartoes de pontos. Quando há, faco de conta que nao percebo :)

    Beijinho

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  3. Eu acho que é 'modus operandi' geral... Infelizmente!

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  4. Há lojas que deixei de frequentar por causa desta "estratégia" de Marketing. Ao telefone acho que me irrita mais, acho um abuso mesmo.

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  5. Isso soa-me sempre a desespero! O certo é que se passarmos num sítio onde não façam isso até estranhamos!

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  6. Bem, tu nas bombas apanhas essa conversa, eu apanho pessoal que me conta a vida toda (Acredita que eu não pergunto nada e mantenho-me calada a olhar feita parva) e outros que dizem que nós mulheres, não puxamos o carro para a frente porque gostamos de ficar dentro a ver a máquina (e fora à frente dele)...
    Enfim, haja paciência !!!!

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  7. "...ainda não se deram conta que isso afugenta os clientes?"
    Parece que não. Mas eu sou um dos que fogem a sete pés.

    Isso faz-me lembrar também aquela praga que trabalham para os "Time-sharing" e que nos abordavam no meio da rua com perguntas descabidas como "onde trabalhamos", etc.
    A minha resposta era inevitavelmente esta: "Há-de ter muito a ver com isso!..."

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  8. Confirmo nos CTT quando vamos para enviar correio e não para comprar merdas que têm para lá que fico pasma. Ele são livros, telemóveis, brinquedos para os putos, enfim, e quando vem o dia da mulher , da mãe, do pai, etc, e nos perguntam se não queremos comprar...
    Fico lixada.
    En relação aos restaurantes, aqui não há disso, mas se fo a Ponte de Lima, ui!
    Gasolineiras, também não tenho que dizer.
    Mas quando alguém me aborda digo logo que não... já caí várias vezes, caraças.
    Beijinho

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  9. Beijo Molhado,

    Obrigada por acrescentares mais itens ao tema. ;) Nos CTT´s por acaso (e ainda bem) nunca aconteceu-me nada semelhante (já me basta estes dois que citei). Quando viajo é pela TAP (normalmente) e, não tenho razões de queixa (até à data). As chamadas, sim, já me aconteceu algumas situações semelhantes, mas também é como disse no post: só caiu a primeira, porque depois, não dou mais hipóteses. Independentemente de saber que as pessoas estão a fazer o seu trabalho e blá, blá pardais ao ninho, bolas! O outro lado também tem que perceber quando é hora de parar! O significado de inconveniente e privacidade. ;)

    Pusinko,

    Risos... imagino-te a fazeres de alienada, deve de ser lindo! ;) Boa táctica. :)

    Gata,

    Sim, infelizmente. ;)

    Vee,

    Risos... ao telefone podes desligar na cara se quiseres (não escrevi isso). Juro que anda não fiz, mas fica registado a própria ideia. ;) Já pessoalmente, podes sempre virar costas e vires embora, mas é diferente. ;)

    Enfant,

    Risos... primeiro estranha-se, depois entranha-se (mesmo que seja o O). ;)

    Palavra,

    Pois. Pelo que percebi trabalhas com o público. Há os dois lado, é certo, mas penso que aqui em ambos os lados há que imperar o bom senso. ;)

    Yellow,

    Risos, ou seja, fazes o que sugeri à Vee. ;) Essa do "onde trabalhas" nunca apanhei. Nem sei a minha reacção mediante tal desplante. Ele há com cada uma, livra! :S

    cantinho,

    Risos... na rua também faço isso. Nem deixo a pessoa falar (quase). Risos... parecemos umas maluquinhas. Mas quero lá saber! ;)

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