quinta-feira, 10 de julho de 2014

C´um caroço!

Penso que até os mais distraídos já se deram conta que, o acordo ortográfico, não dá o ar da sua graça pelos post´s deste blog. Nop. Recuso-me terminantemente a adoptar essa ideia de (...). Porque fui ensinada a algo que, agora, alguém se lembrou de "vamos baralhar e voltar a dar de novo"com a história da ortografia. Só mesmo aqui, neste país. Só mesmo aqui, com este governo (...). Bom, divagações à parte, o problema que agora tenho em mãos, não é nada que não sabia que iria acontecer assim que saiu este acordo, assim como quando este momento chegasse, da Zunfinha começar a ler e a escrever. A altura que eu a estivesse a ajudar com os seus trabalhos e, o antigo e o novo acordo se confrontassem. Aconteceu. E porque aconteceu agora e não durante o ano lectivo? Porque agora nas férias, sou eu que marco os trabalhinhos que ela faz e escrevo os mesmos. No decorrer do ano lectivo, ela já vinha com trabalhos marcados e talvez por isso, nunca houve esse choque de realidade. Agora não. Agora como sou eu a escrever as perguntas e tudo mais, e escrevo como sei e como insisto em manter pronto, lá ela questiona-me porque estou a escrever assim quando ela escreve assado. Uma porra, portanto. Porque isto, sinceramente, só vem confundir as pessoas que já aprenderam a escrever, como só vem confundir os garotos desta geração. Por mais que explique, porque explico, porque escrevo assim quando ela escreve assado, confunde. Claro que confunde! Se confunde adultos, como não confundir as crianças que estão agora a começar a caminhar no mundo da escola... Os senhores que tiveram esta ideia brilhante, esta ideia fantástica, pelos vistos não calcularam este tipo de situações, ou será que calcularam mas, chutaram para canto? Uma incógnita, portanto (não acredito).

Uma merda.

7 comentários:

  1. Eh pá eu também sou contra o novo acordo, acho uma estupidez. Mas lá está, há esse choque!
    E irrita-me quando escrevo como aprendi e vejo risquinhos vermelhos debaixo das palavras...

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  2. As línguas vivas evoluem. Eu sou contra as mudanças deste (des)acordo em particular mas o facto é que a Zunfi aprende de outra maneira e, se tu lhe dás trabalhinhos de Verão, como eu sempre tive e acho importante, convém que sigas os moldes em que ela é ensinada na escola. É apenas uma opinião.
    Esses confrontos de velho e novo surgem sempre, mas agora há muito mais gente alfabetizada e capaz de discordar com fundamento. O mesmo aconteceu com a mudança do euro. Nós adaptámo-nos muito mais facilmente do que as nossas avós, que coitadas tiveram de continuar a ir ao mercado e a farmácia e gerir dinheiro que nunca tinham visto.
    MEsmo do contra, saberás o que é melhor para a Zunfinha nesta fase de aprendizagem.
    Beijinhos :)

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  3. uma vez instalado, nada a fazer. gastaram-se milhões a converter livros sob esta diretiva...os brasileiros estão a borrifar pra isto. escrevem de acordo com o outro mais antigo...já nós :ámen, ámen, ámen..

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  4. Pois...

    ...amodos que para o ano começo eu a ter "porras" dessas!

    Amodos que antevejo que vai ser engraçado...

    :)

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  5. A única coisa que esses senhores pensaram foi em baixar as calças ao Brasil, de resto não pensaram em mais nada. Pegaram em meia dúzia de meias-verdades e tomam disto e não discutam que nós mandamos e ponto final!

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  6. Na escola, que remédio tive eu escrever de acordo com o acordo.
    Agora, não!
    Escrevo como aprendi.
    Quanto à Zunfinha, é complicado, sim.
    Tenta adaptar os exercícios que fazes, ao novo acordo.
    Pior, vai ser quando preparares exercícios gramaticais, que vais chamar de advérbio, por exemplo, e ela vai perguntar o que é isso.
    Eu não fui "apanhada" para ensinar Português pelo novo acordo, mas na altura, e porque quis, estive em formação, e fiquei estupefacta.
    E não digo mais nada, porque estou àparte destas mudanças.
    Beijinho

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  7. Sempre poderias escrever em português arcaico :-)

    Acredito que na escola primária bateste o pé e recusaste aprender com base no acordo ortográfico de 1945, que se seguiu à reforma ortográfica de 1911, com as devidas adaptações da Nomenclatura Gramatical Portuguesa, publicada a 28 de abril de 1967, entretanto, substituído pelo Dicionário Terminológico ;-)

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