Uma crise (mais uma, vá) existencial abate-se sobre mim

Todos sabemos que nem sempre escolher o modelito para envergar o dia (que são todos únicos e especiais pelos acontecimentos que a vida nos proporciona, mesmo quando há acontecimentos maus, há coisas a retirar até daí) é tarefa fácil. Porque se há quem pense que um trapito qualquer fica bem e pronto, passa-se à frente, ora que estão muito bem enganados. Porque mesmo quando um trapito qualquer fica bem a uma qualquer pessoa, acreditem, é no sentido figurado, porque se for bem esmiuçado, o assunto muda e muito de figura. Porque há que perceber se o modelito fica bem à pessoa, assim como as cores, tal como o corte. Se naquele dia aquele modelito é adequado ao estado de espírito. Porque sim, esse factor conta e muito. Diria que é bastante predominante até.
Se escolher o modelito como se lê não é tarefa fácil (desengane-se quem pense que isto é balelas. Talvez por não darem a devida atenção é que depois se vê tanta aberração deambular por estas ruas a fora...), o que dirá depois do penteado, a maquilhagem (soft, sff! Durante o dia é o que se pede), a mala, os acessórios (apontamentos. Um anel, uma pulseira, ou um fio, mas não tudo junto. Fica-se a parecer uma árvore de natal...), se tudo isto é importante, porque é!, o que dizer dos sapatos, que é só o retoque final do figurino. A importância que uns sapatos têm, a importância... mais que muita! São eles que nos levam por estes caminhos a fora. São eles que dominam grande parte da nossa postura. Também por tudo isto que é imprescindível tal cuidado em escolhê-los. É imprescindível. Um erro, um único erro e põe-se tudo, tudo a perder. Por isso que depois de todas as atenções em cada pormenor, em todos os outros apontamentos que cheguei aqui neste patamar e, estanquei. Por saber a importância de tal decisão. Porque se por um lado está uma renúncia, por outro, está uma escolha. E quando assim é, dificilmente depois há volta a dar.