segunda-feira, 31 de março de 2014

Faca de dois gumes (?!)

Ora aqui está uma faca de dois gumes (se é que posso utilizar esta expressão). Isto porque nos amores saudáveis, não há lugar para o ciúme. O ciúme corrói. Corrói a alma. Corrói as entranhas. Corrói o cérebro. Corrói o coração. O ciúme é um sintoma de insegurança. Por mais leve, ténue que seja, é o sinal gritante que há insegurança. É um bom presságio? Não me parece. É uma prova de amor? Também não me parece. Desengane-se quem pense que ter ciúme é uma prova de amor. É antes uma prova de que se está inseguro. É uma prova de que algo não está bem.

O amor no seu estado bruto é pleno de tranquilidade. O amor no seu estado bruto é harmonia. O amor é sensatez misturado com confiança. O amor é a bonanza. É o após a paixão. Aí sim, há lugar para o ciúme e outros que mais. Porque faz parte da sua essência. Faz parte da sua construção. O amor não. O amor é uma mixórdia saudável de sentimentos que deixam o ser humano um ser melhor. Para o amor saudável não há lugar o ciúme. É insano tal abertura. É insano tal malvadez. Quando há, quando as pessoas deixam transpor essa barreira, o amor saudável deixa de ser saudável e passa a ser um amor doente, um amor doentio, um amor esquizofrénico. Isso, um amor esquizofrénico. Um amor alheio a tudo o que se passa à sua volta. Um amor alheio à realidade sã. Também pode ser um amor bipolar. Sim, um amor bipolar. Um amor com altos e baixos como uma montanha russa. Passa a ser uma viagem alucinante, que sabemos como consiste, mas não sabemos como termina. Quando o amor está contaminado abarca todas as patologias, todos os sintomas. Passa a pertencer a este novo lugar, ao amor. E, quando há uma doença, há que tratá-la. Há que curá-la. Há que exterminá-la. Por isso, onde há amor não há ciúme. Ou não deveria.

domingo, 30 de março de 2014

Apetece-me!

Ouvir (isto)!

sábado, 29 de março de 2014

Ficou na retina...

Não sou mulher de meio copo. Se não está cheio: não o quero. Se não está cheio: nem sequer é um copo. Antes não beber do que beber apenas o possível. O possível que se dane. O possível é demasiado fácil para me arrebatar.

- Pedro Chagas Freitas

sexta-feira, 28 de março de 2014

Ele dá os sinais. Resta-nos interpretá-los.

Além (deste) acontecimento, de há uns tempos para cá, assim do nada, começo a sentir o meu coração acelerar. Parece que vai sair, vai saltar do peito. O mais estranho (porque acho tudo isto estranho) é que acontece nos momentos em que estou descontraída, em que estou sentada no sofá, por exemplo. Por vezes podia-se pensar, irritou-se. Ou, está nervosa, está zangada. Tudo isto podem ser reacções que depois podem também se reflectir no nosso corpo. Podem, mas não é o caso. Porque acontece sempre nos momentos em que estou tranquila, em que estou sentada a ver televisão ou no computador, ou a ler, enfim, nada de situações de stress. É estranho. Acho (pelo menos) estranho. De facto a nossa máquina é um autêntico enigma. Enigma para o leigos (e não só, por vezes, o que é pior). O que sei, isso sim, é que o corpo está a dar-me sinais. Sei disso. Sinto isso. Há é que perceber quais são, efectivamente, e pronto, arruma-se o assunto.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Hoje, escrevem vocês!


quarta-feira, 26 de março de 2014

A Zunfinha estava que estava...

No consultório médico...

- Estávamos a entrar no consultório quando a médica vira-se para a Zunfinha e diz: "és mesmo parecida com o teu pai." - A Zunfinha muito rápida e séria responde: "não sou não! Sou parecida com a minha mamã." - Assim que vi a reacção dela intervenho e tento amenizar a coisa: "sim, é parecida com o pai, mas tem o feitio da mãe (é o que digo sempre. Digo sempre não para encher chouriços, mas porque de facto é a realidade)." - Remédio santo. Olhou para mim, a Zunfinha, e com aquele olhar doce consentiu e concordou com o que acabara de dizer. 

- Ainda no consultório, a médica no decorrer da consulta vira-se para mim e não se conteve, digo eu, em dizer o que estava a pensar: "é uma pessoa muito calma enquanto fala." - A Zunfinha responde logo (antes mesmo de poder responder): "a minha mamã não é calma (com ar zangado), é muito activa!" - A médica desata-se a rir e lá lhe explica o que quis dizer com "a mamã ser calma". 

Ora que com uma "defensora" destas, não preciso de mais nada, não.

terça-feira, 25 de março de 2014

Este blog quando quer consegue ser fashion fashion que até dói. Consegue até comentar como uma verdadeira entendida na coisa. Ora vejamos:

Estes sapatos cor de rato fazem perfeita sintonia com as cores que predominam o ambiente. Contudo, apesar da cor apagada, os sapatos em si, conseguem fazer um brilharete que é só visto.

Já estes, ao contrário dos de cima, notam-se ao longe. Estes cor mostarda são que são. Fazem um alinhamento, um enquadramento, impressionante!

Com isto, e depois de observar uma, duas, três e por aí em diante... visto que perdi a conta das vezes que observei, mesmo assim, estou tão indecisa em qual par escolher que até me aflijo. Mas, seja como for, ambos, são muito, mas muito à frente...

segunda-feira, 24 de março de 2014

Tema para lá de delicado, para eles, os machos deste universo!

"Aprenda onde estão e como despertar os pontos eróticos do seu parceiro, ponto G com H maiúsculo. 

Não é só a gente que tem um monte de botões no corpo para apertar e ver estrelas. Agora chegou a vez de descobrir pedacinhos do corpo dele que são sinónimos de satisfação garantida, só que ninguém sequer desconfia. Sim, eles também têm ponto G, como afirma a sexóloga Marilene Vargas. "Fica atrás da região testicular, no meio do caminho entre o saco e o ânus", relata, garantindo que nesse caso o orgasmo pode ser bem mais extenso do que o orgasmo tradicional.

Outro lugar que merece nossa atenção na próxima noite de amor é o chamado ponto de um milhão de dólares, localizado ente os testículos e o ponto G. Segundo a especialista, com a estimulação desse ponto, o prazer vai do fio do cabelo até o dedo do pé, como se o corpo todo entrasse em orgasmo. Para dar tudo certo na hora H, Marilene sugere que o estimulo seja feito através de caricias ou lambidelas delicadas. "O ponto pode ser tocado por dentro ou por fora. Nada de fio terra, nem introduzir nada. Somente conhecer os detalhes do corpo do parceiro sem necessidade de penetração.

É verdade, tá cheio de homem por aí que morre de medo de ser surpreendido por um dedinho mais afoito em lugares proibidos. Para que não haja nenhum tipo de desconforto, uma boa é conversar com o parceiro e delimitar fronteiras, para que ele possa ficar relaxado enquanto você estiver passeando por essa região que é tão delicada para muitos homens. "Para ambos, é importante ter uma relação de confiança e também a certeza de que o outro não vai fazer nada sem consentimento prévio."

O que há a acrescentar mais sobre? Que as pessoas, primeiro os homens, que não pensem que vão deixar de ser menos homens se no seu momento íntimo com a sua parceira derem largas à imaginação e queiram experimentar sensações novas vindas do seu corpo. Porque acredito que 99% dos homens associam este momento, este acto, como sendo um acto homossexual (!). Leiga que sou no assunto, tenho sérias dúvidas que haja qualquer ligação. Qualquer ligação no sentido de não ser por um homem gostar de tais sensações que é gay. Até consigo perceber a relutância de muitos acharem que se experimentarem ou até quando experimentam que vão ficar com o rotulo de gay se outras pessoas souberem, porque lá está, a mente das pessoas podem estar aberta para muitas coisas, mas existem outras tantas que continuam fechadas a sete chaves, porque não querem, nem fazem um esforço sequer em perceber o que quer que seja no que toca ao que lhes façam confusão, então agem como toupeiras. Tal como acharem que as companheiras  não vão ver com bons olhos e serem elas mesmo associarem tal comparação. Depende da companheira. Depende da abertura da mesma. Há que haver cumplicidade. Há que haver respeito. Há que se desmistificar. Há que saber separar as águas. Há que, essencialmente ele, e depois ela, lidarem de formal normal com a situação. Pois se tudo for consentido a dois, só aos dois dirá respeito. Afinal, existe sexo anal! Se existe, porquê que só pode ser visto, praticado, do homem para a mulher e não também ao contrário?

domingo, 23 de março de 2014

escrever sobre os chefes de cozinha e o mote de ter sido os vips a lançar a profissão.
escrever sobre a joice imitar-me a lavar os dentes.

O que faço com a vizinha? Vou lá a cima e dou-lhe um estalo, um murro, arranco-lhe os cabelos, dou-lhe uns abanões, mando-lhe uns quantos berros, escrevo numa folha A4 és doida de pedra, vai-te curar!, e espeto-lhe com a folha nas trombas, mato-a logo e pronto, não há cá mais situações destas, o assunto fica mais que arrumado, ou limito-me ficar em casa a rogar-lhe não-sei-quantos queixumes da sua imbecilidade?... E eis que o lado negro apodera-se de mim!

É que ninguém merece num domingo, em pleno domingo, além de dormir mal pois estou com a sensação que ainda nem me deitei de tão cansado que o corpo está e a cabeça, ainda levar com uma vizinha completamente doida que põe naquela cabecinha de borboleta que tem que aspirar o chão de pedra. Foda-se! Chão de pedra! A mulher vai-me aspirar chão de pedra?! Nunca ouviu falar em vassoura? Ou, em Swiffer? Não. Pelos vistos, não. É que depois ela aspira, aspira e aspira e ouve-se aqui de baixo a merda do aspirador a raspar, raspar e a raspar no chão. E este barulho irrita, irrita e irrita até mais não! É que se trata de uma situação que dura largos minutos, mas largos mesmo, sempre no mesmo compartimento até que depois deve-lhe dar o click e vai para outro compartimento da casa e é a mesma lenga-lenga. Agora estou a escrever o post e estou a ouvir o coisito do aspirador a roçar no chão. Porque é este o barulho e a sensação que se fica quando a mulher está em tais preparos. Depois o engraçado, nos quartos onde há chão de madeira, não se ouve a merda do aspirador passar os cotos por lá. Incrível, caramba! Ninguém merece uma vizinha assim. É que isto passa o lado dona do lar exemplar. Passa o lado perfeccionista. Passa tudo. Passa a barreira da loucura. E hoje, logo hoje que não estou com paciência para levar com estas merdas! Portanto, ainda vou decidir como vou agir com a vizinha maravilha mediante o rol extenso de situações que se encontra no título.

sexta-feira, 21 de março de 2014

[Caixa de Pandora]

"Trago em mim a infância guardada numa caixa de madeira com uma fita de seda. Quase todos os dias a espreito para me reencontrar num sorriso de miúda sem idade." (Clica)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Hoje, vaga, assumida, estou!

Estava a folhear uma revista. A folhear, folhear, folhear até que os meus olhos param perplexos para a seguinte nota: "estudos recentes revelam que o sexo masculino só é adulto aos... 54 anos". - Na altura encaixei a informação, mas depressa, num ápice diria, conclui que estava explicado tanta coisa que se vê por aí... Pronto, é o que eu digo: para tudo há uma explicação.

E por aqui me fico. Hoje apetece-me que assim seja. Também não vá ferir susceptibilidades, e não é esse o propósito ao fazer esta postagem. Pois é antes iniciar ao deixar a bola no ar para quem quiser agarrar, e aí sim, chutar.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Acho que (apesar que aqui ninguém perdeu nada)...

A onda que estamos a viver no mundo real está a contaminar o mundo virtual. Nota-se em tantos blogues que estão espalhados por aí. Nota-se alguns com as suas postagens. Nota-se outros com os seus comentários. Nota-se. É estranho. É estranho porque sempre pensei que esta janela era um escape ao mundo real e agora os dois mundos cruzam-se e é tão estranho vê-los lado a lado e perceber o que está reflectido. Já não há encanto nem neste mundo nem no outro. E é tão mágico quando há encanto... foi-se, assim, de um dia para o outro. Será que foi de um dia para o outro? Não se sabe. A única certeza é que se foi. E agora? Pois se sabe que quando o encanto acaba qual o desfecho. Será que estamos preparados? Não se sabe. A única certeza é que o encanto se foi. Mas é tão mágico quando há encanto... tão mágico...

terça-feira, 18 de março de 2014

Quando rogo todas as pragas e mais algumas por ser mulher?

Na altura que vou à esteticista fazer a depilação, sobrancelhas e o buço. Foi o caso de ontem. Ainda hoje estou a maldizer tudo e mais alguma coisa. A sério, não há noção como detesto este dia. Faça os anos que fizer o mais do mesmo, não vou conseguir nunca!, achar este momento simples, único, nosso, intimista, etc, etc, etc na vida de uma mulher. Neste caso, na minha vida. Mulher sofre. Eu sofro. Depois quando me ponho a inventar (nem para mim sou boa), pior. Quantos abanões mereço? Valha-se-me...


Hoje é de fugir! Estou pior do que quando estou na altura do tpm. Se bem que, o dito, foi embora à pouquíssimo tempo. Eis a explicação para a sensibilidade acrescida? Talvez. Contudo, não é desculpa, mas sim uma mera explicação para a coisa. Entenda-se, momento.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Se há elogios que sei que são genuínos, que vêm lá do fundinho e são despejados sem querer nada em troca, mas no limite de querer, a única coisa é ver-me com um sorriso rasgado e umas bochechas rosadinhas rosadinhas como só, são os elogios da minha Zunfinha

Antes de sair de casa, Zunfinha olha-me de soslaio e faz a sua ressalva: "mamã, essa blusa fica-te muito bem." - Pelos vistos ficou com algo mais para dizer, pois quando estávamos a andar na rua, de mãos dadas, pára de repente e diz: "mamã, estás tão charmosa!" - Oh, fiquei perplexa. Mas depois pensei "a minha bebé está com um vocabulário tão, tão vasto... E, a sensibilidade em levar o elogio para o que disse então..." - Só consegui lhe responder: "estou charmosa?! Achas, bebé?! Obrigada." - Responde muito prontamente: "claro que acho, mamã! Estás muito charmosa!"

Como não hei-de ficar lá nos píncaros? O que nos vale é que aos olhos dos nossos filhos somos sempre charmosos e lindos e tudo-e-tudo!...

domingo, 16 de março de 2014

Apetece-me!

Ouvir (isto)!

sábado, 15 de março de 2014

Ficou na retina...

"Nós mulheres, precisamos da beleza para os homens nos amarem, e da estupidez para amarmos os homens."

- Coco Chanel


sexta-feira, 14 de março de 2014

Os genes da humanidade

Quando pensava eu (provavelmente outras tantas pessoas), influenciada pela lenda que quando uma mulher vê outra mulher mais bonita, mais sensual, mais tudo que ela com aqueles sintomas típicos de despeito, inveja e a destilar veneno para rebaixar a outra, que está automaticamente explicado. Ora, desvaloriza-se quase como se fizesse parte da espécie. Desvaloriza-se porque a lenda que anda por aí também faz bem o seu papel com o disse-que-me-disse sobre as mulheres. Nada de novo o que estou para aqui a escrever. Agora, o que eu desconhecia totalmente é que os homens, afinal, também sofrem dos tais sintomas. Sim, ninguém me disse. Eu vi. Ou melhor, eu li. Sim, li vários comentários não de um homem, mas de alguns homens que ao verem uma imagem assim, como hei-de descrevê-la, uma imagem de um Deus grego, completamente fora de série, mas que continua a ser deste mundo, não do outro, fliparam. Com isto, os ditos homens mostraram umas reacções através de comentários que, só visto mesmo. Ao ponto de ir buscar esta comparação, porque de facto foi hilariante ler aqueles comentários daqueles homens que sentiram-se incomodados com uma simples fotografia e alguns comentários simpáticos de algumas mulheres para aquele Deus grego. É que quanto mais escreviam, mais se enterravam. Isto porque as entrelinhas que deixaram disse tudo o que lhes ia na alma. Mas a negação, foi uma constante. O que posso concluir disto tudo? Simples. Que somos todos seres humanos. Não há cá as mulheres isto. Não há cá os homens aquilo. É tudo feito na mesma forma. Os genes da humanidade estão em todos os seres.

quinta-feira, 13 de março de 2014

E pronto, a minha alma ficou parva!

Vim a saber por portas e travessas que os meus lindos pés, os meus pés de Cinderela, os pés que Deus me deu andam por aí a dar o ar da sua graça, os tontos, os vadios, os vaidosos. Olha-se para eles e tira-se logo a pinta: uns afoitos. Uns Maria-vão-com-as-outras que embalam na primeira conversa que aparece. É que nem para pedir autorização à sua mentora se dão ao trabalho. Vão sem pestanejar. Tanto vão que os fui apanhar todos todos (aqui) e (aqui).

E agora, o que merecem?

quarta-feira, 12 de março de 2014

Hoje, escrevem vocês!

Hoje, escrevem vocês! Porque este ano é um ano atípico aos anos anteriores. Porque o blog faz hoje, precisamente hoje, 5 anos de existência.

terça-feira, 11 de março de 2014

Pôr as mãos na merda, literalmente.

Como escrevi (neste) post, não consegui ir à reunião de condomínio. Mas depois, através da carta que vem à posteriori, soube quem tinha ficado responsável este ano, etc, etc...
Na semana que passou, desde segunda-feira que o esgoto na garagem rebentou. Um fedor que nem vale a pena descrever. Começar logo a semana com aquele cheiro, o estômago ia-se-me embrulhando. Bom, passa segunda-feira, passa terça-feira, passa quarta-feira e nada de ver aquilo resolvido. Ainda por mais, aquela nojeira saia logo logo no meu lugar. A coisa fica mesmo entre o meu lugar e mais de um outro vizinho que pelos vistos, nada fez. Quarta-feira lá vou eu bater à porta de um dos que tinha ficado encarregue do prédio. Nada de atender. Vou à outra, nada. Passa quarta-feira, passa quinta-feira, passa sexta-feira, nada se resolvia. Não encontrava ninguém em casa. Ainda por cima, o maravilhoso, os contactos e tudo está com quem efectivamente fica responsável pelo prédio, nas pastas. Fica tudo guardado na sala de reuniões do condomínio e a chave fica à mercê dos mesmos. Por isso, estava com as mãos e pés atados. Fim-de-semana, só no domingo à noite é que consegui falar com um dos responsáveis, a vizinha.  Não sabia nada de nada. Não sabia como havia de resolver a situação, além de que ainda queria perceber como tinha ficado ela responsável sem sequer a terem-na perguntado tal coisa. Logo percebi que ali não ia conseguir resolver nada. Entretanto no decorrer da curta conversa que tínhamos tido, diz-me que a vizinha do 6º andar (a tal que pôs a moto no meu lugar na garagem e que agora nem uma saudação verbaliza. Educada, portanto.) ainda estava encarregue. Pois ainda não se tinham reunido para que passassem as pastas e tudo mais. Lá pensei para o meu decote: "lá tenho que ir à toca da dita...".
Respirei fundo e lá fui bater-lhe à porta. Abre-a com aquela cara de carneiro mal morto. Explico-lhe o que me levava ali, responde-me secamente e depressa: "eu não tenho nada haver com isso. Já não sou eu que estou à frente do prédio." - Volto-lhe a repetir calmamente o que a outra vizinha tinha dito. Volta a ripostar completamente atabalhoada: "porque não faz a vizinha? Sabe quem fez da outra vez que se deu o mesmo? Fui eu (orgulhosa de tal façanha)!" - Respondi-lhe incrédula: "desculpe?! Por carga de água está a dizer-me para desentupir o esgoto do prédio?! Porventura não pago o condomínio? Porventura não há dinheiro para se chamar alguém? Porque o fez? Alguém a obrigou ou disse para fazê-lo?." - Começa a falar para não sei quem porque deixa de olhar para mim e continua enfim, nem sei como qualificar tal linguagem. Uma falta de educação, de tudo, caramba! "São ingratos! Está uma pessoa a pensar no bem do prédio, em poupar e depois ouve isto. Continua a alucinar. Porque não liga a vizinha?" - Comecei a rir e a pensar em que filme tinha-me ido meter. Cortei com a conversa porque ela já estava a estrapular. " Não ligo por uma razão muito simples. Não sou eu que estou encarregue do prédio. Para alguma coisa são nomeados duas pessoas neste prédio. Duas. Duas para que as coisas estejam sempre em ordem. Acho um absurdo você agora questionar-me porque não ligo. O que vim aqui fazer foi informar. Porque pelos vistos fui a única que detectei a "anomalia". Acho estranho tantas pessoas usarem o parqueamento, o prédio, e ninguém, ninguém se dar conta. Ninguém dizer nada, inclusive você. Deve ser, deixe ver, pelo esgoto ter rebentado justamente no meu lado do parqueamento. Deve ser por isso que as coisas andam assim. Só que as pessoas são tão egocêntricas que esquecem-se que o prédio é a casa de todos. Rematei a conversa em dizer que já tinha feito o que me tinha levado ali. Responde-me que só no meio da semana que conseguia resolver.

Ontem, toca-me à campainha. Era ela. Com as mãos sujas de merda, um cheiro que minha nossa, com aquela cara de sei-lá-bem-o-quê e diz: "pronto, vizinha, já está!" - Nem queria acreditar no aparato que me apresentava. Devia estar com cara de parva perante tal visão dos infernos: "mas fez isso novamente?! Qual a necessidade?! - Gloriosa por tal acto responde: "sim, fiz!" - E então, e o que quer que lhe diga?!" - Olhou-me com aquela cara de sapo e foi-se embora. Pensei enquanto fechava a porta: "ele há com cada uma...".

segunda-feira, 10 de março de 2014

Socorrooooooo! Vou a um casamento.

Entre o título e a conclusão final do post.

Ele é ver o que vestir. Ele é ver o que calçar. Ele é ver que penteado usar. Ele é ver que bolsa-carteira (clutch) usar. Ele é ver que maquilhagem usar. Ele é ver que perfume usar. Ele é ver que tom para as unhas é mais apropriado usar. Ele é ver que acessórios usar. Ele é ver tantas coisas... Oh, céus! E agora, o que faço?

Uma grande, grande, grande, grande, mas grande crise existencial está a entranhar-se em mim.

domingo, 9 de março de 2014

Ficou na retina...

Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo

Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes
e calma.

- Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu, Essência, me confesso!

Os textos quando publicados não se mantêm intactos após a publicação. Quando acho que devo mudar uma frase, uma palavra ou até alterar o título, faço. Nada aqui é imaculado ou quase nada. Há sempre um apontamento ou outro que tem que ser revisto ou ajustado. Há sempre um quê, uma vírgula a mudar. Porque há os dias calmos em que revejo o texto após escrevê-lo, mas também há outros assim, agitados em que escrevo, publico logo e só depois é que vou rever e aí, dá quase sempre raia. As alterações são a pauta do dia. O mesmo se passa com os comentários. Altero quando algo não está exactamente como queria, mas que mesmo assim publiquei. Porque não me apercebi na hora ou porque foi escrito rápido demais. Bom, se por um lado penso que é normal esta atitude, talvez pelo perfeccionismo, por outro, sinto-me mal em estar a defraudar as pessoas que vêem cá ler as tontarias que escrevo. Ando num misto com isto. E por isso, hoje decidi que tinha que partilhar com quem me lê. E ao final de quase cinco anos como blogger, ainda vou a tempo (quando se quer e se é genuíno nas suas intenções sempre se vai a tempo) de assumir que ando a defraudar os meus leitores. E não merecem. Merecem sim, todo o meu respeito e carinho, da mesma forma que sou retribuída de igual forma ou até melhor. Por isso que senti que estava na altura de pôr as cartas na mesa e dizer-vos que os post´s que lêem, assim como os comentários, são poucos os que chegam ao fim-do-dia tal como começaram o dia.

Pronto, podem lincharem-me em praça pública, eu mereço.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Há homens que se superam, para pior...

Quando vou buscar a Zunfinha, costuma haver pais, avós e afins à espera no portão que chegue a hora ou então (mediante o caso) há espera que os miúdos se despachem. E quando me calha na rifa ter que esperar a senhorita Zunfinha, por vezes acontece na mesma altura que um pai, que por acaso o filho é colega de sala da Zunfinha aproveitar a espera para pôr conversa (coscuvilhice. Ainda dizem das mulheres...), para, para passar o tempo. Soa melhor já que não tenho tema de conversa com essa pessoa. Confesso que não vou muito à pinta com o fulano. Acho-o assim, como hei-de escrever, pintas. Sim, muito pintas. Contudo, o mais interessante é que o fulano não tem razões para se achar assim. Mas faz-se achar. Não gosto de homens pintas com a puta da mania que são a última coca-cola do deserto. Não gosto. Ora, se já não tinha lá muito boa impressão do fulano, a partir daqui, piorou. Não sei o que lhe deu desta vez, pois se das outras vezes eram conversas triviais, sobre o tempo, o trânsito, o estado do país, desta, sem nada prever, desata a desbobinar partes da sua vida (mais concretamente da sua separação e problemas com a sua ex e filho) como se não houvesse amanhã (talvez pensasse que não teria outra oportunidade para destilar tais coisas da boca). No inicio tentei ficar à margem, afinal mal o conheço. Mal o conheço, não o conheço, ponto. Só bom dia. Boa tarde e pouco mais. Não sei francamente o que lhe deu (devo ter um dom qualquer que faça as pessoas desbobinar partes da sua vida, deve ser isso). Bom, começou com as suas lamentações de pobre homem separado que tem imensos problemas com a ex e por arrasto com o filho, blá, blá, blá, pardais ao ninho... Quando o assunto foi só ele e ela, limitei-me a ouvir, simplesmente (mas a pensar para o meu decote que por mais razão que tivesse, perdeu-a ali. Ficou-lhe tão mal enxovalhar a ex assim. Porque mais do que ser a ex-mulher é, e sempre será, a mãe do seu filho. Há pessoas que não se tocam, e principalmente, não têm dois dedos de testa para pensar um pouco mais além). Agora, quando o assunto foi para a criança, e ele começou a dizer que a criança tinha problemas aqui, problemas ali... Notava desmotivação na escola. Notava comportamentos diferentes quando vinha da mãe e quando ia para a mãe... Pronto, não me segurei e disse-lhe, com todas as letras "leve-o a um psicólogo. Ninguém melhor que um especialista para o/os ajudar nesta fase da vida do seu filho que também acaba por ser a vossa." - A reacção dele foi ficar petrificado. Ao vê-lo assim continuei "admira-me nos tempos de hoje as pessoas ainda terem tanta aversão ao psicólogo. O vêem como um bicho-papão. Pensam que é para malucos (!), ou outra coisa do género. É como as pessoas que estão a fazer dieta. Têm uma aversão ao nutricionista que até dá dó. Não percebem que é um complemento. São apenas profissionais capacitados para ajudar no campo que só por acaso essas determinadas pessoas precisam. Há que enfrentar os problemas de frente e arrancá-los pela raiz. O seu filho está a atravessar uma fase que você não está a conseguir resolver, nem está a saber lidar. Então, procure efectivamente quem o possa ajudar. Acredito que grande parte (senão toda) do problema verá solucionado." - Remédio santo para o dito perder a pica para continuar a «tricotar». Não que fosse essa a minha intenção quando mencionei o psicólogo. Mas além do fulano ficar apático e em negação, pôs o rabinho entre as pernas e foi embora com o garoto. Espero sinceramente que reflicta e que aja em prol do filho.

Dói-me a alma quando vejo casos assim, onde os pais utilizam os filhos para retaliação do cônjuge. Há muito, mas não devida de haver, não. Diz-se tanto desses seres, tanto...

quarta-feira, 5 de março de 2014

Ficas a saber verdadeiramente que aquela amiga que julgavas amiga, afinal é mas é amiga da onça...

... Após ficares mais de seis anos sem ter contacto com essa pessoa. Aquele contacto mais próximo de cumplicidade que os amigos têm, e de repente, num belo dia de sol, recebes uma mensagem dessa «amiga» a convidar para almoçar ou lanchar. Olhas para a mensagem e pensas: "humm... o que esta quer? Enganou-se no destinatário, só pode!". - Não te inibes de passar o que pensas por palavras ao responder e, sensatamente, preferes um lanche. Afinal a cumplicidade já era, e agora é nada mais nada menos do que uma mera conhecida. Não só pela ausência, mas por tudo o que está nos entretantos desses seis anos que passaram... Contudo, a pulga fica ali a fazer mossa e saber o que levou aquela mensagem após tantos anos de ausência fala mais alto. No entanto o sexto sentido estava em alerta (bem dito, bem certo). Vais. Reforças o teu espanto para aquela mensagem e recebes um sorriso amarelo de volta juntamente com aquele olhar de carneiro mal morto. Tudo aquilo não fazia sentido. Ali na presença dela então, mais reforçada a ideia estava. Nisto, conversa vem, conversa vai, percebes que aquele lanche era nada mais nada menos do que um engodo. Um verdadeiro engodo. Era um tentar tirar nabos da púcara mais deslavado que se pode imaginar. Tudo para querer saber da tua vida. Como está e como deixa de estar. A querer saber sobre alguém que por acaso é comum. Pois lixou-se. Lixou-se porque foi com o intuito de tentar tirar nabos da púcara alheia, mas acabou com os nabos da sua púcara defraudados. Quando se é amador é assim. Foi para aquele lanche com uma mão cheia de tudo, cheia de certezas para o que ia e saiu dele com uma mão cheia de nada. Em contrapartida, o outro lado foi com uma mão cheia de nada e veio com as mãos cheias de tudo. Pois induziu e conduziu a conversa a seu belo prazer. Oh, assim nem dá piada, nem pica. Valha-se-me...

E assim ficamos a saber quem nos rodeia. O que as move. Porque as move. Assim constata-se mais uma vez que a nossa vida, faz comichão a muito «boa» gente. Que bela chapada de luva branca se dá. Lava-se a alma.

terça-feira, 4 de março de 2014

Carnaval

Não era para escrever aqui no blog sobre o tema, não era. Mas, talvez por ontem ter feito um post na página do Facebook do blog, talvez por isso, acabei por não resistir em partilhar aqui sobre o que escrevi. Não é nada de novo esta minha visão sobre o Carnaval. É talvez um cimentar mais ainda o tema. Talvez isso.
Ora então deixo na íntegra o post tal como as imagens que coloquei lá:

Não sou adepta do Carnaval. Não sou. Passo ao longe se for preciso. E não é de agora. É desde sempre. No entanto, se fosse a escolher um Carnaval não escolheria o nosso porque pecam pela imitação do Carnaval do Brasil. Imitações, não obrigada. O Carnaval do Brasil, enfim, peca (na minha óptica, claro) pelo excesso de nudez. Pelo excesso de "perfeição" que fazem entrar pelos olhos a dentro das pessoas. Fiquei pasma ao ouvir nas notícias no fim-de-semana quando o pivô comentava sobre o Carnaval no Brasil. Um organizador de lá teve sérias dificuldades em encontrar corpos naturais para um determinado desfile. Bolas, quando o natural está (quase) em extinção é para deixar a pensar. É para nos questionarmos em muita coisa, não? Com isto concluo sem hesitar, se fosse a escolher, escolheria o Carnaval de Veneza. Sim. Sim por toda a sua delicadeza. Por todo o seu mistério. Por todo o seu glamour. Sem dúvida seria o meu de eleição.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Para começar bem a semana e claro, por não resistir

Machos deste blog: é necessário de quando em vez utilizar esta estratégia?
Meninas, se sim, o que andam a fazer aos vossos machos?

domingo, 2 de março de 2014

Porque os apontamentos para lá de importantes registam-se na hora... Em busca do equilíbrio nas duas rodas

A Zunfinha achando-se uma senhorita já assim, crescida, pôs na cabeça (e bem) que queria andar de bicicleta sem as rodinhas. Talvez pela sensação que ficava nela, que algo não estava bem quando andava de bicicleta com as rodinhas. E pelos vistos era mesmo as rodinhas que mexiam com o sistema da pequena. Ora que com esta história comecei a ver a minha vida a andar para trás. Porque a bicicleta é pesada. Com ela lá em cima ainda mais pesada se torna, e é preciso muita força de braços para lhe dar o devido equilíbrio nesta fase de aprendizagem que ela tanto necessita. Bolas, raios, e agora?

A Zunfinha já anda toda toda na sua bicicleta rosa e branca. Ela anda nas rectas. Ela anda nas curvas. Ela anda e pára quando quer e lhe dá na real gana. Ela tem o equilíbrio necessário para se valer dela mesma nas duas rodas e um volante. E isto se deve à força de braços de um homem. Aos braços do pai da Zunfinha.

sábado, 1 de março de 2014

Ficou na retina...

Dizem que o tempo resolve tudo. 

A questão é: quanto tempo?

- Alice no País das Maravilhas