Reflexão

O ano que passou foi devastador (também por rescaldo dos anos anteriores), em quase todos os aspectos (no entanto, há uma vivência incrível (apesar de tudo), que ficará no intemporal das minhas memórias...). Aliás, os últimos 5 anos da minha vida, tem sido uma luta constante... no entanto, nunca em tempo algum baixei os braços. Nunca pensei em desistir. Acompanhada, sozinha... mesmo no limite, sem chão, sem norte, mesmo pensando (naquele momento), que os objectivos já não faziam sentido, que nada aliás, fazia sentido. Mesmo assim, contra todas as vicissitudes da vida, contra todas as maldades de quem me quer mal, muito mal... mesmo assim, nunca desviei um milímetro sequer dos meus propósitos como ser individual. Mesmo massacrada por saber de onde vinha a maldade, mesmo assim, aqui estou! Porque o que não nos mata, nos fortalece! (Mesmo que moa), E é por isso, que tenho rumado por este túnel escuro, sombrio num misto de emoções. Mesmo que a garra e a determinação andem de mãos dadas e, estejam sempre presentes na minha vida, na minha personalidade, os outros sentimentos, tendem a dar o ar da sua graça de quando em vez. E é umas vezes com medo, outras cansada, outras tantas desmotivada que caminho. Contudo, há sempre algo, que não me deixa ir literalmente a baixo. Talvez seja este meu lado torto, teimoso que grita incessantemente assim que avista a luz vermelha. Aquela, da exaustão. No entanto, quando se trata do ser humano, há tempos para processar as vivências, tanto as boas, como as más, digerir tudo e isso, por vezes, requer tempo de parar e assentar ideias. Requer ter a cabeça lúcida, límpida para traçar objectivos e alcançá-los com mestria. Requer paz de espírito. Requer saber quais são os caminhos a ir (dentro do túnel, já que ainda falta algum tempo, até que se veja efectivamente a luz), mesmo que tenhamos que recuar, ou mesmo voltar à estaca zero. Pois nem sempre é sinal de desistência. Nem sempre é sinal de cobardia. Aliás, muito pelo contrário. Pode ser visto, ou deveria, como um acto de inteligência, sagacidade, sabedoria. E porque posto isto, não posso, não devo e principalmente, não quero ficar pelo caminho, não! É este o meu percurso de vida, (o que me foi imposto), então, há que sair dele de cabeça erguida, altiva e imponente, para depois, escrever uma nova história. Mas aí,  somente com o meu cunho.