quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Parasitas


Sobre (este), post, depois de quase um mês, faz agora no dia 24 de Novembro, que uma viva alma se lembra do caso da menina. Lembra-se... quer dizer...
Não que eu não soubesse disso, muito pelo contrário. Inclusive, já tinha comentado com a minha mãe que elas iriam dar o ar da sua graça assim, tal e qual como foi. Passo a explicar: ligarem para se ir lá falar com elas. Tradução: picar o ponto, mostrarem algum "trabalho". Ora que isso lá fazem a correr. Porque lhes convém. Depois agem como se as pessoas tivessem que andar sempre de perna aberta para elas. Agora, ligar para dizerem algo produtivo, porque é de uma resposta concreta que fiquei à espera estas semanas todas, não. Isso não.

Hoje, às 9 e tal da manhã, para começar bem o meu dia, liga-me uma fulana, que segundo ela, não é nenhuma das assistentes do caso da menina - mais delicioso se torna - a perguntar com o ar mais natural quando é que a senhora Essência e os seus pais podiam lá ir para falar sobre o caso. Falar, pois claro. É só o que sabem fazer. É só nestes moldes que querem que se vá lá. Falar, falar, falar. Francamente! Subiu-me uns calores pelo decote acima... só sei que no final da conversa fiquei cheia de dores, talvez da tensão mas, a fulana ouviu o que queria e não. Concerteza rogou não-sei-quantas pragas à colega por lhe fazer ligar. Concerteza também que lhe reportou bonitinho toda a conversa.

Portanto, além de lhe dizer que não ia a lado algum por estar doente. Não ia também porque tinha achado uma falta de tudo depois de sempre ter-me disponibilizado para cooperar para que tudo fosse a bom porto e, quando exponho uma situação grave, gravíssima, a atitude deles é ignorar? Responde-me que era assim que as coisas se processavam. A demora é normal. Tudo leva o seu tempo. O que lhe respondo que sei que o país está como está não é à toa. Mas, 3 semanas e tal para se reunirem com os restantes colegas para chegarem a uma decisão? Caramba! O que me está aqui a escapar?  Ou será que todo o mês, têm que mostrar algum "serviço" com as idas dos familiares e até das crianças ao departamento deles? Será isso? É que de facto, é isso que se tem passado. Ingénua que sou. Só agora (burra!!), é que estou a ver como efectivamente as coisas funcionam e porquê. Mesmo assim, um telefonema, não? Respeito, não? Até porque tinha sido ela (uma das assistentes do caso), que tinha garantido que na sexta-feira ligava. Fui lá na quarta-feira, dia 24 de Outubro. Portanto, por aqui e todas as entrelinhas que já escrevi se tira a pinta destes profissionais. E não, não me digam que é o sistema, por favor!!
Agora vêem mais uma vez dizer, depois de quase um mês de espera que se tem que lá ir. Caramba, para quê?! Para olhar para a cara delas, e? Debita-se novamente o mais do mesmo, e?Escrevem o tal relatório para mostrar "trabalho" e? E, vem-se para casa como se foi lá. Isto é: nada!! Eu perco tempo e latim. Os meus pais perdem tempo. A minha mãe, faz um esforço titânico para lá ir, subir 4 lances de escadas e para quê? Não!! Disse-lhes muito secamente que não podia lá ir, e de facto não posso. Mas também deixei bem registado que se não tivesse doente também lá não ia, depois da atitude que tiveram. E porque é só muita conversa e nada de agir, para nada! Posto isto, os meus pais não tinham como ir. Assim sendo, eles que vissem outra solução. Até porque, não sou dita nem achada no processo. Somente sou a prima. Somente tenho levado os meus pais lá. Porque é uma forma de lhes dar apoio e auxilio. Fiz por eles e pela criança. Fiz de coração. Agora, fazerem me de parva, não! Fazerem os meus pais de parvos, não! Virem-se!
No entanto, sem saber ler nem escrever, vi-me a participar nas reuniões. Repito: o que de todo não faço parte do processo. No verdadeiro sentido da palavra, mesmo!
O desplante dos desplantes, às tantas, no meio do que lhe disse «estou doente, logo, não posso ir e nem levar os meus pais» responde que não sabia como iria ser, porque os parâmetros normais é sempre as pessoas irem ter com eles e não ao contrário. Ao que lhe respondo: pois, mas isto já passou dos parâmetros normais à muito tempo. No entanto, não vejo como não vê. Até porque se bem sei, vocês fazem visitas domiciliárias. Muitas delas de surpresa até. Portanto, não me parece disparatado aplicarem nesta situação. E, visto que sou eu que tenho sido o acesso directo entre vocês e os meus pais, e visto que me encontro imobilizada, e visto também que a minha mãe faz um esforço brutal para poder comparecer, visto tudo isto, das duas uma: ou são vocês a irem a casa dos meus pais, ou esperam. Até porque quem esperou praticamente um mês...

Desfecho: engoliu em seco. Pôs a língua dentro da boca.

Mais mês menos mês, não há-de fazer diferença. Palhaçada!! O que eles querem, sei eu. Sim, estou furiosa. O que me consola é que ela ouviu tudo o que estava aqui, engasgado. Agora, vou só ali pôr um saco de água quente para descomprimir.

11 comentários:

  1. Realmente, assim se vê os bons profissionais que existem neste país. E funciona tudo da mesma forma à base do papel para mostrar serviço, agora fazer o que realmente lhes compete para bem de todos os interessados, isso não, isso dá realmente muito trabalho e o rabo levantado da cadeira custa muito.
    Fiquei mesmo indignada com o teu post e ainda bem que ao menos desabafaste e lhe disseste das boas.

    bjs

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  2. Só mesmo assim se vê como funcionam as coisas e as pessoas...
    Espero que as coisas se resolvam mesmo e olha, que seja o menos tempo possível.
    Mas ouvir as verdades, sem dúvida, o mais correcto !!!

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  3. Esses nervos todos não te fazem nada bem mesmo.....e agora respira, relaxa e (des)enerva....já desbobinaste e fizeste tu muito bem, deviam ser todos bombardeados assim e não terem aquela mania que têm da "faca e do queijo na mão"....que raios de gentinha, aprece que se juntam todos do mesmo saco a trabalhar no mesmo sitio!
    Beijocas e calma!

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  4. Olá. Essas pessoas fazem tudo em cima dos Joelhos. Qualquer desempregado, de qualquer área, se estivesse no papel delas e no trabalho delas, se calhar ainda fariam melhor trabalho que o delas. As melhoras para ti e que isso se resolva rapidamente. um abraço. beijos

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  5. Acalma-te Essência senão ainda pioras, li os dois post's com toda a atenção e é mais que lógico que tens toda a razão, mas acalma-te.

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  6. nem sei que te diga... :/ simplesmente é triste a atitude deles

    ja percebi que não tas melhor :/
    as melhoras* *

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  7. O problema de algumas classes é que julgam mesmo que têm "a faca e o queijo na mão" como já alguém disse. São pessoas que não precisam de se esforçar porque pensam que para elas está garantido e isso é, a meu ver, o grande mal do Estado. Falta gente em serviços que estão o caos, há chefias a mais e pessoas válidas e que se podiam destacar (que há muitas) são completamente anuladas por "colegas" e chefias que não valem um ...

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  8. estão um caos (ando completamente desaustinada depois da hora do Vitinho).

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  9. Essência, quando estas pessoas começarem a sentir o trabalho fugir-lhes das mãos e o emprego estiver em perigo, talvez se lembrem de se dedicarem aos casos, de corpo e alma e aí, temos a vida a seguir o seu trajecto normal.

    Ss melhoras.

    :)

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  10. É preciso estofo para não lhes dar resposta torta.

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  11. Já me rio porque de facto venha o diabo e escolha!

    Nesta situação, posso dizer também que, desde que a dita senhora ligo e depois de toda a conversa que foi descrita no post, e disse que entraria logo em contacto com os meus pais. Querem saber? Nada fez. :S
    Portanto, aguarda-se cenas dos próximos capítulos. Sim, isto está quase a virar uma novela.

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